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OpenAI: saiba tudo sobre a empresa que criou o ChatGPT

OpenAI: saiba tudo sobre a empresa que criou o ChatGPT

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Tempo de leitura: 18 min

15 de Fevereiro de 2023 | 15:44

 

Desde novembro de 2022, quando o ChatGPT foi lançado ao público para testes, só se fala nele. Já virou pauta na academia, no mercado e na imprensa. 

Saíram abordagens para todos os gostos:

  • Seis coisas perigosas que o ChatGPT é capaz de fazer;
  • 7 formas de usar o robô ChatGPT para os estudos;
  • ChatGPT: algoritmo determina qual é o maior clássico do futebol brasileiro;
  • Saiba como usar o ChatGPT para melhorar sua carreira;
  • Concorrente virtual: profissionais temem perder emprego para ChatGPT, aponta pesquisa.


Mas, para quem não acompanha o universo tecnológico de perto, a pergunta que fica é: de onde surgiu esse ChatGPT? Quem está por trás dele?

E é aí que entra a OpenAI, uma companhia que nasceu cheia de planos para “ajudar a humanidade”, e hoje está perto de se tornar uma das grandes big techs de um negócio altamente promissor, que é o da inteligência artificial (IA).

Neste artigo, vou contar um pouco sobre a história da OpenAI, quem financia seus trabalhos, quais os seus objetivos (declarados e presumíveis), sua relação com a Microsoft, e o impacto dessa nova onda de IA em estratégias como o marketing de conteúdo e o SEO.

Ah, por falar em SEO, vou compartilhar também, no final do texto, as orientações quentíssimas que o Google acaba de lançar a respeito do uso de inteligência artificial para criar conteúdos. Boa leitura!

O que é a OpenAI?

A OpenAI é uma empresa que pesquisa e desenvolve projetos de inteligência artificial, sendo que o mais famoso deles é o ChatGPT. Embora tenha nascido como uma ONG, sem fins lucrativos, já há algum tempo ela é uma companhia que visa ao lucro, como tantas outras.

Quem é o dono da OpenAI?

Quando foi fundada, em 2015, havia os seguintes pesquisadores à frente da OpenAI: 

  • Greg Brockman, ex-CTO da Stripe, é cofundador e presidente da OpenAI;
  • Ilya Sutskever: o também cofundador da OpenAI é um dos especialistas mundiais em aprendizado de máquina, e hoje atua como Chief Scientist;
  • Os outros membros fundadores são estes engenheiros e cientistas: Trevor Blackwell, Vicki Cheung, Andrej Karpathy, Durk Kingma, John Schulman, Pamela Vagata e Wojciech Zaremba;
  • Pieter Abbeel, Yoshua Bengio, Alan Kay, Sergey Levine e Vishal Sikka são apontados como conselheiros do grupo, na carta que a empresa divulgou, em dezembro de 2015, para se apresentar ao mundo.


E o dinheiro? Quem banca uma pesquisa tão cara?

Ainda na carta de 2015, a OpenAI já informava que havia recebido US$ 1 bilhão, para ser usado ao longo dos próximos anos, de financiadores como:

  • Sam Altman: hoje CEO da OpenAI, o empreendedor de tecnologia é conhecido por investir em startups como Airbnb, Reddit e Pinterest, além de dirigir companhias de energia nuclear;
  • Elon Musk: o empreendedor foi um dos cofundadores da OpenAI, mas deixou a empresa ainda no início de 2018, mantendo-se como um dos seus doadores e conselheiros, segundo foi anunciado na época. Ele é conhecido como dono do Twitter, fundador e diretor executivo da SpaceX e CEO da Tesla, dentre outros negócios;
  • Reid Hoffman: ele é cofundador do Linkedin e hoje é membro de conselho de várias empresas, como a Microsoft e a própria OpenAI;
  • Jessica Livingston: sócio fundadora da Y Combinator, aceleradora que já teve Sam Altman como presidente;
  • Peter Thiel: cofundador do PayPal, já investiu também em empresas como Facebook, Stripe e SpaceX;
  • Além de Amazon Web Services (AWS), Infosys e YC Research.


De lá pra cá, muitos outros financiadores já entraram no negócio, inclusive “pessoas físicas”, como os atletas e ex-campeões olímpicos Ashton Eaton e Brianne Theisen-Eaton.

Mas a parceria mais promissora tem sido com a Microsoft.

Qual a relação da OpenAI com a Microsoft?

A parceria entre a startup e a gigante da tecnologia começou em julho de 2019, quando a OpenAI anunciou o investimento de US$ 1 bilhão pela Microsoft, em uma parceria para desenvolver uma plataforma de hardware e software no Microsoft Azure dimensionada para AGI.

AGI, ou inteligência artificial geral, é o que a OpenAI acredita poder se tornar “o desenvolvimento tecnológico mais importante da história da humanidade, com potencial para moldar a trajetória da humanidade”. Falaremos mais sobre isso em breve.

A parceria foi incrementada em 2021 e, em janeiro de 2023, a OpenAI anunciou uma ampliação ainda maior, com “investimento plurianual e multibilionário da Microsoft” – sem especificar os valores.

Segundo uma longa reportagem publicada pela Forbes em fevereiro de 2023, sobre os bastidores bilionários do ChatGPT, o novo compromisso de investimento recebido pela Microsoft foi de US$ 10 bilhões, e hoje a OpenAI está avaliada em US$ 29 bilhões e prevê uma receita de US$ 200 milhões para 2023 – bem mais que a estimada em US$ 30 milhões no ano anterior.

O que é a OpenAI LP?

Em 2019, quando a OpenAI deixou de ser uma empresa sem fins lucrativos e até passou a ter capital aberto, ela anunciou a criação da OpenAI LP, definida como “um híbrido de uma empresa com fins lucrativos e sem fins lucrativos”, que ela chamou de “empresa de ‘lucro limitado’”.

A explicação da organização, à época, foi a seguinte:

“A ideia fundamental do OpenAI LP é que investidores e funcionários possam obter um retorno limitado se tivermos sucesso em nossa missão, o que nos permite aumentar o capital de investimento e atrair funcionários com patrimônio semelhante ao de uma startup. Mas quaisquer retornos além desse valor – e se formos bem-sucedidos, esperamos gerar muito mais valor do que deveríamos às pessoas que investem ou trabalham na OpenAI LP – são de propriedade da entidade sem fins lucrativos OpenAI original.”

Em 2023, ao anunciar o novo investimento bilionário da Microsoft, a OpenAI voltou a dizer que é uma empresa com fins lucrativos governada por uma OpenAI sem fins lucrativos.

“Essa estrutura nos permite levantar o capital de que precisamos para cumprir nossa missão sem sacrificar nossas crenças fundamentais sobre o compartilhamento amplo de benefícios e a necessidade de priorizar a segurança”, disse, acrescentando que a Microsoft compartilha dessa visão.

Na prática, com a criação da OpenAI LP e toda a captação bilionária de recursos desde então, ela é tratada como uma empresa com fins lucrativos. Inclusive pelo seu ChatGPT:

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Qual é o objetivo da OpenAI?

Em sua carta de introdução, quando foi criada, em dezembro de 2015, a OpenAI dizia que seu objetivo era promover a inteligência digital de modo a “beneficiar a humanidade como um todo”.

“Como organização sem fins lucrativos, nosso objetivo é criar valor para todos e não para os acionistas. Os pesquisadores serão fortemente encorajados a publicar seus trabalhos, seja como artigos, postagens de blog ou código, e nossas patentes (se houver) serão compartilhadas com o mundo. Colaboraremos livremente com outras pessoas em muitas instituições e esperamos trabalhar com empresas para pesquisar e implantar novas tecnologias”, diz um trecho do texto.

Mas a empresa passou a visar ao lucro pelo menos desde 2019, quando Sam Altman assumiu seu comando, como já explicamos. 

Ou seja, o contexto mudou e parte do texto acima deixou até de fazer sentido. Perguntei ao ChatGPT qual é, afinal, hoje, o objetivo de sua criadora, a OpenAI. O chatbot respondeu o seguinte:

“O objetivo da OpenAI é desenvolver tecnologias de inteligência artificial de forma segura e responsável, para descobrir novos conhecimentos e melhorar a vida humana. A empresa acredita que a IA é uma das tecnologias mais importantes do mundo e tem o potencial de mudar a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Para alcançar esse objetivo, a OpenAI colabora com empresas, universidades e outras organizações para pesquisar e desenvolver tecnologias IA e promover a compreensão pública da IA.”

Mas vale dizer que o ChatGPT não fornece a fonte para suas respostas e muitas vezes comete erros grosseiros. Por exemplo, perguntei a ele desde quando a OpenAI deixou de ser uma empresa sem fins lucrativos, e ele respondeu que ela “sempre foi uma empresa com fins lucrativos” – resposta errada, como já vimos.

Quando rebati dizendo que “na carta de introdução que a OpenAI divulgou em seu site, em dezembro de 2015, ela se apresenta como uma empresa sem fins lucrativos”, o ChatGPT admitiu: “Sim, é verdade”.

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Não é a primeira vez que flagrei uma resposta errada do principal produto da OpenAI. Em outra ocasião, o ChatGPT chegou a me pedir desculpas duas vezes por um erro. Voltarei a esse assunto mais adiante.

Já em 2019, a OpenAI divulgou que sua missão é “garantir que a inteligência artificial geral (AGI) beneficie toda a humanidade, principalmente tentando construir uma AGI segura e compartilhar os benefícios com o mundo”.

“Uma AGI será um sistema capaz de dominar um campo de estudo ao nível de um especialista mundial e dominar mais campos do que qualquer ser humano – como uma ferramenta que combina as habilidades de Curie, Turing e Bach. Uma AGI trabalhando em um problema seria capaz de ver conexões entre disciplinas que nenhum ser humano conseguiria”, disse a OpenAI na época.

O mais provável a esta altura, como apontou uma reportagem de janeiro de 2023 da Exame, é que o objetivo atual da OpenAI seja de chegar “ao posto de maior startup do mundo” e se tornar “mais uma big tech americana, mas dessa vez voltada ao promissor negócio das inteligências artificiais”.

E mais: com a parceria com a Microsoft, dona do Bing, ter a chance “de finalmente fazer frente aos mecanismos de busca do Google”.

Quais são os modelos generativos da OpenAI?

Primeiramente, vale explicar o que são modelos generativos.

Trata-se da possibilidade de a inteligência artificial gerar dados, como textos, imagens ou sons, depois de ter acesso a milhões de outros dados similares, e de ser treinada para analisar e entender essas informações. 

Como diz a própria OpenAI em um texto, de 2016, sobre modelos generativos

“Para treinar um modelo generativo, primeiro coletamos uma grande quantidade de dados em algum domínio (por exemplo, pense em milhões de imagens, frases ou sons, etc.) e, em seguida, treinamos um modelo para gerar dados semelhantes.”

A OpenAI já desenvolveu vários desses modelos generativos, sendo que os mais conhecidos são o GPT-3 (Generative Pre-trained Transformer 3), que sucedeu o GPT-2 e o GPT, e o DALL·E 2. Existe ainda o Whisper, o Codex e o Content Filter, dentre outros.

Os modelos GPT-3 podem entender e gerar linguagem natural e existem em quatro diferentes tipos: Davinci, Curie, Babbage e Ada, cada um deles com capacidades diferentes.

O famoso ChatGPT é uma aplicação que usa esse modelo GPT-3.

Qual é a relação entre a OpenAI, o marketing de conteúdo e o SEO?

Meu colega Lucas Amaral, estrategista da Prosperidade Conteúdos, fez um artigo inteiro dedicado ao impacto do Chat-GPT, criado pela OpenAI, no marketing de conteúdo e no SEO, a otimização para fazer com que conteúdos sejam bem ranqueados pelo Google.

Vale a pena ler.

Por aqui, vou trazer uma implicação óbvia: se a inteligência artificial criada pela OpenAI é capaz de gerar conteúdos que simulam perfeitamente a linguagem humana, em questão de segundos, ela certamente impacta o marketing de conteúdo.

Vamos só lembrar o que é marketing de conteúdo: é aquela estratégia que usa a divulgação de conteúdos para atrair pessoas para um site ou blog.

Se esses conteúdos forem bons o suficiente, de qualidade, originais, interessantes, podem ajudar a fazer com que essas pessoas tornem-se frequentadoras assíduas de uma página, ou fãs de uma marca, ou mesmo clientes, consumidores pagantes de algum produto ou serviço.

Aqui destaco o termo que escolhi acima: “bons o suficiente”. O que define que um conteúdo seja classificado como bom? Eu sou leitora assídua, blogueira há 20 anos e jornalista profissional há 15. A partir da minha experiência pessoal, estes são meus palpites para o que torna um conteúdo bom:

  • criatividade;
  • emoção;
  • ineditismo;
  • aprofundamento de algum assunto;
  • referenciamento por fontes;
  • credibilidade.


Por melhor que seja o ChatGPT – e tende a melhorar muito mais, com os novos investimentos bilionários aportados para a OpenAI –, ele ainda não cumpre nenhum desses quesitos, no atual momento (10 de fevereiro de 2023).

E ele próprio admite isso.

A avaliação do ChatGPT sobre ele mesmo

Num primeiro teste que fiz com o ChatGPT, em janeiro de 2023, perguntei se a inteligência artificial pode ser criativa. Resposta:

“A inteligência artificial pode ser usada para simular a criatividade humana em algumas tarefas específicas, mas a criatividade humana é uma característica complexa e multifacetada que ainda não foi totalmente compreendida.”

Sobre a emoção, perguntei se o ChatGPT consegue escrever com emoção. Resposta:

“Embora eu possa simular emoção em minhas respostas, eu não tenho emoções propriamente ditas. Eu sou capaz de reconhecer e reproduzir as emoções nas minhas respostas, como por exemplo, usando expressões faciais ou tom de voz apropriado, para fazer com que minhas respostas sejam mais expressivas e humanas, mas essas emoções não são reais.”

Pensando em ineditismo, perguntei se ele é capaz de criar conteúdos do nada, como um humano faz. Resposta:

“Eu posso criar conteúdos com base no que eu sei sobre uma determinada área e usando minha capacidade de geração de linguagem, mas não posso criar conteúdos completamente novos ou originais. Isso é algo que ainda está além do alcance da inteligência artificial atual, e é uma capacidade exclusiva dos seres humanos.”

Pensando em permitir o aprofundamento dos assuntos, inclusive com links ou citações para as fontes das informações divulgadas por um conteúdo, perguntei ao ChatGPT se ele é capaz de informar as fontes para as respostas que fornece. Resposta:

“Existem situações em que não posso informar fontes específicas para minhas respostas. Por exemplo, se a resposta é baseada em conhecimento comum ou em fatos amplamente conhecidos, pode não ser possível encontrar uma fonte única ou confiável para citar. Além disso, em algumas perguntas, a resposta pode ser baseada em informações que não estão disponíveis em fontes verificáveis, como hipóteses, previsões ou opiniões. Nesses casos, farei o melhor para fornecer informações precisas e baseadas em evidências, mas não posso garantir a precisão ou a confiabilidade de minhas respostas.”

Com a credibilidade em mente, perguntei a ele se divulga muitas respostas erradas e fake news. Resposta:

“Eu tento fornecer respostas precisas e baseadas em fatos, mas às vezes eu posso cometer erros ou fornecer informações imprecisas. Isso pode ocorrer por várias razões, incluindo a falta de dados precisos sobre um tópico específico ou minha capacidade limitada de compreender nuances e contextos complexos. [...]

Eu não tenho a capacidade de verificar a veracidade das informações que forneço em minhas respostas. Eu sou programado para gerar respostas com base nas informações que eu aprendi durante meu treinamento, e essas informações podem incluir dados precisos e atualizados, mas também podem incluir informações desatualizadas, imprecisas ou falsas.”

Como mencionei em outro tópico, já inclusive detectei respostas erradas ou falsas dadas pelo chatbot da OpenAI em mais de uma ocasião.

Condensando tudo isso que perguntei antes, fiz a seguinte questão ao ChatGPT: “Você consegue escrever com a mesma qualidade de um humano?” E esta foi a resposta:

“[...] Eu posso escrever sobre uma variedade de tópicos e usar uma variedade de estilos, mas minhas respostas não são necessariamente tão originais ou criativas quanto as de um humano. Além disso, minhas respostas podem ser limitadas pelos dados que eu tenho, então algumas perguntas específicas podem não ter respostas precisas e completas, ou pode haver erros ou imprecisões. Eu sempre recomendo verificar várias fontes confiáveis antes de tomar qualquer decisão importante.”

Dito tudo isso, minha conclusão é a seguinte: em breve, a internet estará inundada por textos, vídeos ou imagens criados por inteligência artificial, como as tecnologias que vêm sendo desenvolvidas pela OpenAI e por diversas outras empresas.

Nesse meio, haverá muito conteúdo de baixa qualidade, até mesmo baseado em informações erradas ou distorcidas, e poderá haver uma perda muito grande em criatividade, emoção e originalidade.

Partindo do mesmo pressuposto, aqueles conteúdos feitos por humanos que conseguirem primar nesses quesitos ainda terão destaque.

Assim, o marketing de conteúdo pode usar de forma inteligente tanto a inteligência artificial quanto a humana para fazer com que seus conteúdos se destaquem na web.

O que o Google diz sobre o uso de inteligência artificial?

No tópico anterior, eu falei sobre as minhas impressões sobre o uso da inteligência artificial na produção de conteúdo. Mas e o Google, o que ele pensa disso?

Uma coisa sou eu, leitora, e minha avaliação sobre a qualidade de um texto. Outra bem diferente é a avaliação do Googlebot sobre quais conteúdos têm qualidade e merecem destaque em suas páginas de resultados de buscas.

A resposta para essa pergunta foi divulgada pelo Google recentemente, no dia 8 de fevereiro de 2023, em seu “Google Search's guidance about AI-generated content”.

Cinco pontos desse guia merecem destaque:

  1. Conteúdo deve ter qualidade para ranquear bem - O Google diz que sempre recompensou, em seu ranqueamento, os conteúdos originais e de alta qualidade, com características que passam principalmente por expertise, experiência, autoridade e credibilidade. 

  2. Conteúdo deve ser feito para pessoas, não para algoritmos - Ele frisa que sua prioridade são os conteúdos úteis, criados de pessoas para pessoas, e não para agradar aos algoritmos de buscas. (O Lucas escreveu um excelente post a respeito, logo que o Google divulgou essa atualização, em 2022).

  3. IA não pode ser usada para manipular ranqueamento - Diz ainda que o uso de inteligência artificial com o objetivo de aparecer melhor nas páginas de buscas é uma violação às políticas do Google e todo tipo de manipulação do tipo continuará a ser combatido. “Temos uma variedade de sistemas, incluindo SpamBrain, que analisam padrões e sinais para nos ajudar a identificar conteúdo de spam, independentemente de como ele é produzido.”

  4. Alguns conteúdos gerados por IA são úteis - Mas faz a ressalva que nem toda geração criada por IA é spam e que há conteúdos úteis, como placares esportivos, transcrições ou previsões do tempo, que são criados há anos por essa tecnologia. “A IA tem a capacidade de alimentar novos níveis de expressão e criatividade e de servir como uma ferramenta crítica para ajudar as pessoas a criar um ótimo conteúdo para a web”, pondera o Google.

  5. Uso de IA não vai ajudar no ranqueamento nem atrapalhar - O Google diz que o uso de inteligência artificial não oferece nenhum ganho especial a um conteúdo. Mas que tampouco atrapalha: se o conteúdo for útil e satisfizer os quesitos do Google, pode aparecer bem nas pesquisas. Se não, não.

Resumo da história:

“Se você vê a inteligência artificial como uma forma essencial de ajudá-lo a produzir conteúdo útil e original, pode ser útil considerar usá-la. Se você vê a IA como uma maneira fácil e barata de jogar com os rankings dos mecanismos de pesquisa, então não.”

Na prática, o Google continuará, pelo menos publicamente, valorizando os conteúdos que considerar de alta qualidade. Úteis, confiáveis e voltados para pessoas. Além de originais, com autoridade, com credibilidade e expertise.

A ponderação que eu fiz no tópico anterior é que é mais fácil obter essa qualidade com os humanos, ao menos neste primeiro momento.

No entanto, nada impede que testes controlados sejam feitos, principalmente na utilização das ferramentas de IA como auxílio para a pesquisa e a produção de um humano. Sempre checando respostas e informações, já que também há o fato de, até o momento, o banco de dados do ChatGPT ser atualizado apenas até 2021.

Já o Google é mais aberto: se a IA for capaz de produzir respostas satisfatórias e com qualidade, sem problemas! Pode figurar até na posição zero do seu pódio.

Reparem que o objetivo final é o mesmo de sempre, tanto no caso do marketing de conteúdo quanto do Google: que os conteúdos sejam encantadores e ofereçam valor e solução reais para seu público-alvo.

Se a IA representar um atalho para se chegar a esse resultado final, OK, não haverá punições pelo processo. A questão é saber se ele é um atalho mesmo ou um caminho ainda mais longo até o fim. Logo saberemos.

Antes de fechar de vez este texto, recomendo o seguinte artigo que tem tudo a ver com o que falamos neste último tópico: 15 ferramentas de inteligência artificial para produção de conteúdo. Boa leitura!

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