Na botânica, as plantas conhecidas como perenes, ou perenifólias, são aquelas que não perdem suas folhas durante o ano, nem mesmo no tempo seco e frio do outono e inverno. Ficam, portanto, “sempre verdes”.
Evergreen é um termo em inglês que, ao pé da letra, quer dizer “sempre verde” e pode ser traduzido como “perene”.
Assim como as árvores que nunca perdem suas folhas, os conteúdos evergreen, ou perenes, são aqueles que nunca expiram (ou demoram muito a expirar), que sempre terão validade, como se estivessem sempre verdinhos, ou fresquinhos, para o leitor que os encontrar, mesmo anos depois de publicados.
Neste artigo, vou trazer exemplos de conteúdos evergreen, tentar demonstrar sua importância e, claro, dar algumas dicas de como produzir esse tipo de matéria.
Os conteúdos evergreen ou perenes tratam de temas atemporais, com potencial de despertar interesse por muito tempo.
Quer um exemplo logo? Este artigo que você está lendo é evergreen. Daqui a cinco ou dez anos, alguém pode querer saber o que é conteúdo evergreen e encontrar este meu texto – que, espero, ainda será bastante útil, porque trata de um tema que não vai caducar rapidamente.
Darei mais exemplos ao final do artigo, combinado?
Para entender melhor um conceito, vale a pena destacar seus opostos.
Conteúdo evergreen é o contrário dos conteúdos que ficam rapidamente datados, como os noticiosos, que tratam de temas quentes, cujo interesse despertado de imediato vai se perdendo ao longo do tempo.
Por exemplo, crimes de repercussão nacional despertam grande interesse de leitura em portais de notícia, rádios e telejornais por um tempo, mas, poucas semanas – ou até dias – depois, ninguém se lembra mais que aconteceram.
Outros conteúdos que diferem muito daqueles perenes ou evergreen são os sazonais, ou seja, que só despertam interesse em determinadas épocas do ano.
Por exemplo, conteúdos relacionados ao Enem são mais buscados na época de provas do exame. Receitas natalinas são procuradas só em dezembro. Dicas para declarar o imposto de renda bombam no período de declaração apenas. E assim por diante.
Por tratar de assuntos que não perdem a validade, os conteúdos evergreen têm o potencial de despertar o interesse de muito mais pessoas, ao longo de um período de tempo muito maior.
Com isso, as chances de eles se manterem em destaque no Google – quando bem cultivados e se forem relevantes, é claro – também aumentam muito mais.
Quanto mais relevantes forem, maior a autoridade que um site pode ir conquistando para o Google e para as demais pessoas, ganhando tempo para, por exemplo, ser citado em links por outras páginas.
Além disso, são conteúdos que, por sua atemporalidade e relevância, podem ser divulgados de novo e de novo, a qualquer tempo.
Normalmente são textos educativos, que ensinam algo, ou trazem uma resenha, ou um tutorial, ou uma seleção de coisas de interesse para um determinado público-alvo.
Ou seja, são assuntos que importam e que ajudam imensamente nas estratégias de SEO.
O primeiro passo é pensar, dentro da sua expertise, quais os assuntos que mais podem interessar ao seu público-alvo e que são perenes, cujo interesse não vai morrer tão cedo e dura o ano todo, e que não correm o risco de serem totalmente revistos ou refutados depois de algum tempo.
Por exemplo, se você é uma empresa que presta serviço financeiro e possui um blog para seus clientes, pode tratar de temas como:
E assim por diante.
As possibilidades são infinitas. O que você deve ter em mente ao pensar nesses assuntos, ou pautas, é se elas correm o risco de caducar muito rápido ou não e se elas realmente interessam à sua persona.
Depois de definidas as pautas, é hora de escrever os textos (ou produzir os conteúdos no formato que for, seja ele um vídeo, um post de rede social etc).
Nessa hora, é preciso ter cuidado com a linguagem e os exemplos que forem citados no texto, para eles também não contribuírem para uma rápida desatualização do conteúdo.
Usar termos como “ontem” ou “hoje” não é recomendável para conteúdos evergreen. São palavras que tiram o “frescor” deles, uma vez que não fazem sentido para uma pessoa que for acessá-los após vários meses ou anos.
Nesse caso, é melhor sempre usar a data precisa, e trazer o contexto das informações.
Por exemplo, suponhamos que você está escrevendo um artigo chamado “Entenda como funciona a bolsa de valores”.
Em vez de escrever um texto assim:
“A bolsa de valores subiu nesta semana mesmo depois que grupos de radicais invadiram prédios dos Três Poderes, em Brasília.”
É preferível escrever:
“Após radicais invadirem prédios dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023, a bolsa de valores chegou a subir na semana subsequente”
Nesse caso, você está trazendo uma data exata, um fato histórico e um contexto, que provavelmente servirá de exemplo para um dos tópicos do artigo sobre os altos e baixos da bolsa.
Sim. Mesmo que você tome todos os cuidados do mundo para que seu conteúdo não fique datado, seja na escolha do tema ou na linguagem, alguma coisa pode acabar perdendo a perenidade depois de certo tempo.
No fim das contas, assim como em todo tipo de conteúdo, o importante é que a experiência do usuário seja a melhor possível.
No caso de um post sobre serviço, por exemplo, é importante que todas as informações estejam corretas e atualizadas para que o artigo possa ser realmente útil. Imagine só uma lista com os 10 principais restaurantes de uma região. Algum estabelecimento pode ter mudado de local, de nome, ou até mesmo ter sido fechado.
Aqui no blog da Prosperidade Conteúdos, fazemos vários conteúdos evergreen com foco em marketing de conteúdo e SEO. Veja alguns exemplos de blog posts perenes que eu mesma escrevi por aqui:
Quer saber mais sobre como criar conteúdos de qualidade para sua estratégia? Leia o artigo do meu colega Lucas Amaral e tire todas as suas dúvidas: “Conteúdo de qualidade: como criá-lo e qual é a sua importância?”.