Muito se fala sobre o mobile first e sua importância para a otimização para mecanismos de busca.
Apesar do grande interesse na parte teórica do tema, algumas empresas não sabem como aplicá-lo na prática.
Sem falar em práticas antiquadas que continuam priorizando a experiência de página em desktop, negligenciando os dispositivos móveis.
Contudo, adaptar-se é necessário. Não é de hoje que os principais buscadores indicam que a experiência em telas menores é valiosa, até pelo surgimento de estratégias como o app marketing.
Então, se você quer saber o que é mobile first, entender sua importância e adequar-se às práticas recomendadas do Googlebot, continue a leitura.
O que é Mobile First?
Mobile First é um termo popularizado por Eric Schmidt, CEO do Google, em 2010. Refere-se à prática de priorizar a experiência do usuário em dispositivos móveis, especialmente smartphones e tablets, se contrapondo às antigas táticas de SEO que davam preferência a computadores de mesa.
É claro que, para desenvolvedores, é natural que a estrutura de websites seja criada em telas maiores.
Contudo, é preciso pensar em quem vai utilizá-lo. Em 2019, foi verificado que 53% do tráfego da web era gerado por meio de dispositivos móveis (Research). Em 2021, esse número chegou a 58% (Content Square), 6% a menos que em 2021.
Ao mesmo tempo em que isso nos revela a preferência dos usuários pelo mobile, também nos mostra que o desktop ainda é uma importante ferramenta.
Por isso, é necessário manter um equilíbrio que traga, simultaneamente, boas experiências em todos os formatos de tela.
Existem, inclusive, atualizações posteriores do Google que priorizam o mobile, como o Google Stories. Isso é um indicativo de que, possivelmente, os resultados exibidos na SERP podem ser diferentes de acordo com o dispositivo utilizado para a pesquisa.
À prática de adequação às diferentes telas dá-se o nome de design responsivo. Muito embora o design não seja o único elemento responsável pela boa experiência de página.
Fatores como a velocidade de página, tempo de carregamento, leiturabilidade e imagens, por exemplo, também são relevantes.
Por que o Mobile First é importante para o SEO?
Para o SEO, o Mobile First é importante porque 64% das buscas são realizadas em dispositivos móveis (Sistrix, 2021).
Como ferramenta de marketing que visa atrair visitantes para páginas, essa informação é de grande valor.
Afinal, ao adequar-se às diretrizes da otimização para dispositivos móveis, há um ganho em tráfego orgânico e consequentes resultados de negócio.
Tanto que o próprio Google realizou mudanças no algoritmo para frisar a importância dessas ações, as quais serão tratadas a seguir.
O que é o Mobile-First Indexing?
Mobile-First Indexing foi uma atualização do Google anunciada em 2016, aprimorada e aplicada gradualmente por toda a internet. Seu objetivo é dar prioridade às páginas que proporcionam uma boa experiência em dispositivos móveis.
Em 2020, o update alcançou 70% da web. Ou seja, a maior parte dos sites existentes estão sendo submetidos à análise de experiência no mobile. Em 2021, o buscador anunciou a intenção de alcançar o valor de 100%.
Isso quer dizer que páginas adaptadas ao mobile-friendly têm uma vantagem competitiva sobre aquelas sem adequações.
É importante frisar, contudo, que a versão desktop de um website ainda participa da varredura. É por isso que as páginas devem ser otimizadas de maneira equivalente, utilizando-se dos elementos dinâmicos (que se adequam a depender do formato de tela) quando necessário.
Como se adequar ao Mobile-First Indexing?
A adequação ao Mobile-First Indexing é uma atividade contínua. Isso quer dizer que não basta utilizar o design responsivo ou criar duas versões diferentes de site, mas manter-se atualizado frente às modificações de comportamento do usuário e atualizações do algoritmo.
Contudo, uma boa estrutura permite que a necessidade de modificações seja menos trabalhosa. A seguir, veja algumas dicas para se adaptar ao Mobile First-Indexing.
1. Cheque se a atualização do Google já é aplicada ao seu site
Para verificar se o Mobile-First Index já influencia no SEO do seu site, acesse o Google Search Console e inspecione uma página qualquer.
A seguir, será um exibido um card com informações de rastreamento. Se em “crawled as” estiver indicado com a tag “Googlebot smartphone”, as atualizações do seu site estão sob vigília do Mobile-First Index.
Lembre-se: o rastreamento, a indexação e a classificação de páginas segue o mesmo modelo até o momento. Ou seja, não há um algoritmo atuando no desktop e outro independente atuando no mobile.
2. Realize o teste de compatibilidade do Google
O Google oferece um teste gratuito para descobrir se o seu site é amigável para os dispositivos móveis.
3. Verifique a performance do site
Outra ferramenta útil fornecida pelo Google é o PageSpeed Insights.
Ele traz informações valiosas sobre fatores técnicos que devem ser melhorados no seu website, tanto para celulares quanto para computadores, utilizando como parâmetros as Core Web Vitals.
4. Adapte às melhores práticas recomendadas pelo Google
Os estudos de SEO se desenvolvem a partir de testes. Ou seja, tentativa e erro.
Contudo, para o Mobile-First Index, o buscador fez questão de divulgar algumas dicas para webmasters, incluindo um guia completo.
Algumas recomendações são voltadas a:
- Garantir a indexação do site
- Publicação de conteúdo igual em páginas móveis e desktops
- Checar os dados estruturados do site, que devem ser os mesmos, incluindo o sitemap
- Certificar-se que elementos visuais e dinâmicos gerem uma boa experiência de página em ambos os formatos
- Beneficiar a navegação por meio de links acessíveis
- Gerar conteúdo de qualidade em qualquer versão do site.
Sobre esta última, inclusive, é válido se adequar ao conceito de artigos responsivos, que levam em conta a verticalidade da leitura.
Como visto, os dispositivos móveis prevalecem quanto a questão é a experiência de página do usuário. Mas não podemos nos esquecer que uma parcela significativa dos internautas realiza consultas no computador de mesa.
Assim, é preciso prestigiar os dois modelos, privilegiando a quem realiza a busca, independentemente do dispositivo utilizado.
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