Já falamos aqui no blog que o marketing pode ajudar o agronegócio a divulgar sua importância para o mundo, agregar valor aos produtos, potencializar vendas, identificar os perfis dos clientes para atrair mais seu público-alvo e até gerar impacto positivo nas causas socioambientais.
E mostramos também como o marketing digital consegue fazer tudo isso de forma mais eficaz que no modelo tradicional – gastando bem menos.
Neste artigo, vamos trazer exemplos concretos de como o marketing realmente fez alguns negócios agro brilharem.
Na monografia “Análise de casos de sucesso no marketing aplicado ao agronegócio”, apresentada na Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 2016, é apresentado o marketing usado pela JBS como um case de sucesso.
A pesquisa destaca duas ações da JBS que contribuíram para tornar a marca Friboi top of mind entre os brasileiros.
A primeira foi a promoção Miniastros, de 2012, que remete aos minicraques que a Coca-Cola criou na Copa do Mundo de 2018. Dessa vez, no entanto, os bonequinhos eram de astros sertanejos.
Segundo a revista Exame, apenas na primeira semana de promoção foram trocados 400 mil bonecos de um total de 2 milhões. Lembrando que, para adquirir um único exemplar, era preciso comprar cinco produtos da marca Friboi.
Depois, em 2013, o ator Tony Ramos foi contratado como garoto-propaganda da marca, com a intenção de passar credibilidade para o produto. Resultado: a campanha “Peça Friboi. Carne confiável tem nome” ganhou o prêmio Marketing Best 2013.
Mas a empresa não ficou só no marketing tradicional. A Friboi se consolidou como uma marca mais conhecida do público em geral do que a própria JBS. E é visível o investimento em marketing digital feito nos últimos anos.
O site da Friboi tem desde loja online até receitas diversas. A ferramenta “churrascômetro” permite calcular a quantidade de carne, bebida, sal e carvão necessária para um churrasco, dependendo da quantidade de convidados.
Outras possibilidades do marketing digital estão lá: um mapinha para encontrar mais de 1.200 açougues espalhados pelo Brasil, manuais técnicos, artigos e palestras direcionados para os pecuaristas, um canal de YouTube com chefs preparando receitas, dentre várias outras.
Nas redes sociais, a marca faz posts com receitas, promoções e brincadeiras do tipo “marque o amigo nos comentários”, para gerar engajamento. São mais de 1 milhão de seguidores na página do Facebook e mais de 140 mil no Instagram.
O mesmo estudo apresentado na UFPR destaca o trabalho de marketing feito pela Itambé, que também usou as vantagens do marketing digital.
A marca começou a investir em peças publicitárias ensinando receitas tradicionais do brasileiro, como pudim de leite e brigadeiro. Isso deu tão certo que começou a ser levado para um blog, que tinha dicas simples para seu público final, nas categorias “mães”, “Gastrô” e “fitness”.
A pesquisa aponta que, mesmo quando surgiu uma crise com uma denúncia de contaminação no achocolatado Itambezinho – que não se confirmou –, a marca soube usar bem as redes sociais e a internet para se posicionar, assegurando a qualidade de seus produtos.
O resultado é que, ainda hoje, a página da Itambé no Facebook, que se consolidou como seu principal canal digital, tem quase 1 milhão de seguidores. E a empresa também está presente no Instagram, no qual tem 140 mil seguidores.
Recentemente, a marca passou a investir em conteúdo de vídeo, com participação do chef de cozinha mineiro Leo Paixão, que ensina a fazer receitinhas – a mesma fórmula que já tinha dado certo anos antes, em outros formatos.
Já teve vídeo do chef com o músico Rogério Flausino, ensinando a fazer fricassé de frango, e outro com o influencer Gustavo Tubarão, no preparo de quitutes de festa junina, por exemplo.
Pois bem: até a pandemia chegar e obrigar todo mundo a pensar mais nos negócios digitais, a Barenbrug do Brasil não tinha nenhum processo comercial digitalizado, nenhuma plataforma de CRM, nem sequer tinha Google Analytics para mensurar os acessos ao site.
Segundo a RD Station, empresa de automatização de processos comerciais que trouxe este case de sucesso, a pandemia fez a Barenbrug passar a pensar no digital. Com uma equipe de quatro profissionais focados nisso, passou a produzir conteúdos com otimizações pensadas para o SEO para atrair um público-alvo de qualidade.
A empresa trabalhou o marketing de conteúdo em seus vários canais, com blog, folders digitais, cursos online, vídeos, podcasts, eBooks etc.
Os resultados em curto tempo e com pouco investimento foram palpáveis:
Quem navega pelo site da Barenbrug do Brasil em 2022 vê que eles aprenderam a lição do marketing digital e estão devidamente antenados com o tempo em que vivemos: lá é possível encontrar ricas informações sobre a empresa, blog, cursos, eBooks, planilhas, webinars, boas formas de contato e até um botão de WhatsApp para facilitar o relacionamento com os clientes.
Quem traz este caso, sem abrir os números, é o próprio Google.
Em 2020, o Think With Google divulgou que a JDE, gigante holandesa do segmento de cafés e chás, fundada em 1753, percebeu que o número de clientes comprando café online estava crescendo muito.
O que fizeram com essa informação? Investiram pesado no digital.
Eles perceberam que precisavam mudar a maneira como gerenciavam suas experiências digitais. E mudaram tudo.
O primeiro passo foi parar de tentar simplesmente aplicar no digital o que era feito para a TV. São universos diferentes.
“Tivemos que mudar essa mentalidade e garantir que nossa equipe digital tivesse o conjunto de habilidades certo. Por isso, realizamos um programa de capacitação digital no primeiro ano, garantindo que nossas equipes de marketing realmente entendessem o digital”, relatou Meghan Signalness, diretora global de digital e mídia ao Google, em 2020.
Depois de passar por uma transformação digital, a empresa passou a investir em marketing cada vez mais orientado por dados. O objetivo final é que o consumidor experimente os produtos que ele realmente prefere.
A empresa hoje é líder mundial de seu segmento, com atuação em mais de 140 países.
Ela construiu sua marca em torno de processos tradicionais. Todo o crescimento da empresa foi calcado na equipe de vendas e no boca a boca. O site que ela tinha era totalmente subutilizado, como acontece com muitas páginas do universo agro brasileiro, ainda hoje.
Em 2016, a companhia decidiu entrar de cabeça no marketing digital.
O primeiro passo foi reformar totalmente o site do grupo Taurus. Ele passou a conter o catálogo completo de produtos da empresa. Depois, foi criado um blog, para fornecer conteúdo para os interessados no assunto e potenciais clientes.
Por fim, foram lançadas ofertas de conteúdo premium para os clientes que se cadastrassem.
Outras estratégias foram as newsletters e os posts em redes sociais.
Nas palavras da Everbrave, agência que cuidou da marca: “O conteúdo proporcionou valor real aos produtores e esse valor foi rapidamente demonstrado nos resultados impressionantes que começaram a se acumular nos meses seguintes”.
Apenas no primeiro ano, entre 2016 e 2017, as visitas ao site da Taurus aumentaram 152%. A taxa de conversão de visitantes melhorou 768% no período.
Mais visitas se traduziram em mais negócios fechados para a empresa, o que culminou na consolidação da marca no mercado.
Todos esses exemplos mostram como o marketing pode ajudar no crescimento do agronegócio. Principalmente o marketing digital, com muita atenção ao conteúdo que vai atrair o consumidor final.
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