Quando falamos em saúde animal, pensamos principalmente nos impactos negativos causados pelas doenças nos rebanhos.
Contudo, o tema traz também outras questões, como o surgimento crescente de zoonoses que afetam os humanos e causam queda na produtividade do setor agropecuário, com prejuízo na casa dos bilhões, e até mesmo as problemáticas relacionadas ao aquecimento global e seu impacto na produção de alimentos.
A diretriz número 1 da Organização das Nações Unidas (ONU) para o combate às epidemias dessas doenças passa pela conscientização e prevenção:
“Conscientizar e aumentar a compreensão (conhecimento) de zoonoses e riscos e prevenção de doenças emergentes, em todos os níveis da sociedade para construir apoio generalizado para estratégias de redução de risco.”
Graças à crescente preocupação com a saúde animal – cada vez mais ligada à saúde humana e ambiental – e com a prevenção de riscos, o mercado que produz medicamentos, vacinas e diagnósticos também está em expansão.
Neste artigo vamos abordar a importância de uma boa estratégia de marketing de conteúdo e o uso de dados para blindar farmacêuticas do setor de saúde animal de riscos reputacionais, com programas de conscientização do produtor na prevenção e no combate às zoonoses, além da importância do CRM (Customer Relationship Management) na gestão comercial.
Zoonoses aumentam em todo o mundo
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da ONU, mais de 60% de todas as doenças infecciosas existentes são causadas por patógenos que se originaram de animais, ou seja, são zoonoses.
Hoje existem mais de 200 tipos de zoonoses conhecidas. E a grande maioria dos animais transmissores dessas doenças são domésticos, como os pets e os bovinos.
Essas informações podem ser encontradas no documento “Prevenir a Próxima Pandemia: Doenças Zoonóticas e Como Quebrar a Cadeia de Transmissão”, feito pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) em parceria com o Instituto Internacional de Pesquisa Pecuária (ILRI), em 2020, na esteira da pandemia da Covid-19, que também é considerada uma zoonose.
O mesmo documento diz que, embora as zoonoses emergentes recebam muito mais atenção e financiamento internacional, as endêmicas são de grande importância e seguem muito comuns em países em desenvolvimento.
E cita como exemplo as seguintes zoonoses:
- antraz
- tuberculose bovina
- brucelose
- raiva
- cisticercose
- equinococose
- leptospirose
- tripanossomíase
- toxoplasmose
- leishmaniose
Segundo a ONU, há um grande crescimento dessas zoonoses em todo o mundo, promovido principalmente por fatores como o aumento da população, que, consequente, faz crescer a demanda por proteína animal na alimentação, a utilização pouco sustentável dos recursos naturais (acelerada pela urbanização e pelas indústrias extrativas), o aumento das viagens e do transporte (inclusive do tráfico ilegal de animais) e as mudanças climáticas.
No Brasil a situação também preocupa. Um estudo da Fiocruz, publicado na revista “Science Advances”, em junho deste ano, concluiu que dois terços dos estados brasileiros têm risco de médio a alto para viver surtos de zoonoses.
Mercado da saúde animal também em alta
Todas essas preocupações em escala mundial impulsionam o mercado da saúde animal.
Segundo a pesquisa de mercado “Animal Health Global Market Analysis, Insights and Forecast, 2019-2026”, da Fortune Business Insights, o mercado global de saúde animal vai saltar de US$ 41,5 bilhões em 2018 para US$ 67,56 bilhões até 2026 – alta prevista de 63% em apenas oito anos.
Os motivos para esse incremento todo, apontados pela pesquisa, são os seguintes:
- Aumento da incidência de zoonoses e de doenças transmitidas por alimentos,
- Aumento do rigor nas regulações
- Aumento da conscientização e da prevenção contra zoonoses
- Aumento substancial em adoções de pets
Segundo esse diagnóstico do setor, embora os países da América do Norte tenham a maior fatia de mercado durante o período pesquisado, a expectativa é que o aumento seja maior na América Latina por causa da demanda cada vez maior por tecnologias no setor agro .
A pesquisa também apontou que o segmento de medicamentos é líder nesse mercado, com 45,5% da fatia, seguido pelas vacinas, alimentos e produtos para diagnósticos.
A expansão do mercado da saúde animal também já foi medida e confirmada no Brasil.
Segundo o relatório do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan) de 2021, o mais recente disponível, o faturamento líquido desse setor saltou de R$ 3,9 bilhões em 2013 para R$ 9,1 bilhões em 2021 – uma alta de 133% em oito anos.
O relatório mostrou que a maior parte dos produtos (26%) vendidos em 2021 foram os antiparasitários e foram direcionados principalmente para os ruminantes (51% do total).
Os números do mercado da saúde animal
- O mercado de saúde animal deve saltar de US$ 41,5 bilhões em 2018 para US$ 67,56 bilhões até 2026 em todo o mundo – alta de 63% em apenas oito anos.
- O segmento de medicamentos é o líder nesse mercado, com 45,5% da fatia, seguida por vacinas, alimentação e diagnósticos.
- No Brasil, o faturamento líquido desse setor saltou de R$ 3,9 bilhões em 2013 para R$ 9,1 bilhões em 2021 – alta de 133% em oito anos.
Fonte: Fortune Business Insights e Sindan
Prevenção é a bola da vez
Todos os dados que vimos até agora mostram, em resumo, que:
- Há uma forte tendência de aumento de zoonoses em todo o mundo, por motivos diversos;
- Prevenção na cadeia agro é uma das diretrizes mais importantes preconizadas pela ONU e demais atores, como a indústria, que são diretamente responsáveis por garantir soluções pensadas dentro do conceito de “one health” (saúde animal, humana e ambiental integradas);
- A prevenção vai ajudar a impulsionar o mercado da saúde animal.
Diante dessas três perspectivas, é de interesse da indústria de saúde animal, mais do que nunca, trabalhar pela conscientização e fomentar campanhas de prevenção junto aos produtores rurais.
Além disso, as empresas farmacêuticas que investem em medicamentos, vacinas e demais produtos voltados para a saúde dos rebanhos devem atuar em parceria com os governos nesse processo. É recomendada a busca por esse alinhamento.
Quanto maior for o investimento em campanhas de prevenção, maior a probabilidade do campo atuar mais para mitigar os surtos de zoonoses. Consequentemente, haverá mais chances desse mercado crescer.
É um processo ganha-ganha: ganha o produtor rural, ganha o consumidor final, ganha o mercado – e ganha o planeta.
O cenário de expansão das zoonoses no planeta mostra a importância que o marketing de conteúdo pode ter em comunicar sobre esse problema crescente e ajudar na conscientização de produtores rurais.
Além disso, os números de crescimento do mercado de saúde animal mostram uma grande oportunidade para atrair mais consumidores, sem esquecer, é claro, de fidelizar aqueles que já fazem parte da sua carteira de clientes.
Marketing de conteúdo: uma solução inteligente
Quando pensamos em fazer campanhas de marketing, em pleno ano de 2022, é inevitável pensar na internet.
E, quando se fala no ambiente online, a solução mais moderna e eficaz encontrada atualmente é o marketing de conteúdo.
Essa é uma estratégia do marketing digital que usa conteúdos de qualidade, valiosos, para atrair potenciais consumidores por meio de uma abordagem amigável, convertê-los em leads e transformá-los em clientes. Além disso, é possível criar um relacionamento duradouro com clientes, ou seja, fidelizá-los.
Esses conteúdos devem ser informativos, didáticos, e podem trazer conscientização, como nessas campanhas de prevenção contra zoonoses. Podem vir em blogs, ebooks, vídeos no YouTube ou em outras redes sociais, cartilhas, palestras online, dentre muitos outros formatos.
Mas, calma lá: internet, marketing de conteúdo? Será que isso tem alcance entre os produtores rurais brasileiros?
A pergunta faz sentido. Afinal, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), apenas 23% do espaço rural brasileiro tem algum nível de cobertura de internet.
Mas esse percentual ainda baixo representa grande potencial para o agronegócio. Por isso, tanto o governo federal, por meio do Mapa, quanto os próprios produtores rurais e empresas do agro estão se mobilizando pelo aumento dessa conectividade.
Um estudo feito em parceria com a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) no ano passado mostra que, apenas aproveitando torres já existentes no país, seria possível ampliar a cobertura para 48%.
A chegada do 5G também foi vista por produtores rurais como oportunidade de levar a internet para locais não conectados.
E muitas empresas já estão atuando para, elas próprias, implementarem torres para levar a internet para os lugares mais distantes do meio rural.
Independentemente da cobertura que existe hoje, a internet já é uma realidade entre os produtores rurais.
Segundo a oitava pesquisa “Hábitos do Produtor Rural”, da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agro, 94% deles possuem smartphone (em 2017, eram 61%). E muitos são heavy-users: 57% acessam a rede 15 ou mais vezes por dia.
Além disso, 74% dos produtores rurais usam a internet para se atualizar. E 76% do total utilizam o WhatsApp para fechar negócios.
“A pesquisa mostra a amplitude do acesso do produtor ao celular, à internet, que só se intensificou com a pandemia da Covid. O WhatsApp sem dúvida foi a ferramenta digital mais amplamente usada no mundo rural. Obviamente, para o produtor, a questão da presença é muito importante, faz parte do negócio. Mas o digital veio para ficar”, comentou a professora da pós-graduação da ESPM Luciana Florêncio de Almeida, que pesquisa o agronegócio há muitos anos, em entrevista à Prosperidade Conteúdos sobre o marketing de conteúdo no agronegócio.
Segundo ela, o agro está sendo impactado pelas redes sociais e está tendo cada vez mais acesso ao marketing de conteúdo. Se antes as informações chegavam muito pelo rádio e pela revista, hoje os produtores estão com o celular na mão o tempo inteiro, tendo acesso a outros tipos de mídia.
Questionada sobre o uso do marketing de conteúdo para a conscientização dos produtores rurais, inclusive em campanhas de prevenção contra doenças, ela fez uma observação muito interessante:
“Marketing de conteúdo tem muito a ver com a questão da redução da assimetria informacional e com gerar conteúdo relevante. Poder instruir o produtor, seja para ele ter uma saúde melhor, para ele produzir com mais produtividade, para fazer melhor uso dos seus defensivos, para vários objetivos. O principal é levar informação e conhecimento para essa audiência. E ampliar esse diálogo.”
Mas o setor agro já está usando essa estratégia de comunicação de forma bem-sucedida? De acordo com a professora, uma empresa de grandes tratores passou a falar de metaverso nos treinamentos que oferece, e ela teve grande adesão, tanto dos fazendeiros quanto dos usuários das máquinas, o que indica uma predisposição ao novo.
“Tem uma questão aspiracional – a pessoa quer estar fazendo parte do moderno. Claro que vai ter ondas, uns indo de forma mais rápida, outros não, mas, sem dúvida, vai ficar para trás aquele que não adotar esse tipo de estratégia”, disse Luciana.
Por que o CRM é importante aliado de uma estratégia online da indústria e dos setores ligados ao agro
O CRM (Customer Relationship Management), que em português significa Gestão de Relacionamento com o Cliente, tem o propósito de melhorar o relacionamento entre uma empresa e seus clientes.
Esse é um método que consiste, basicamente, em reunir todas as informações sobre seus clientes em um único lugar e que permite acesso fácil a esses dados, a partir de qualquer dispositivo conectado à ferramenta.
Além do registro de seus clientes, no CRM podem constar o histórico de compras, os canais preferidos de atendimento etc.
Mas no que isso ajuda em um negócio? Bom, além de facilitar o trabalho de seus colaboradores – melhora a produtividade –, por centralizar todas as informações de sua clientela, é possível saber quando ela estará próxima de adquirir novamente um produto ou serviço, por exemplo.
Ser assertivo em um momento fundamental (como na hora de repor um estoque) ajuda seu cliente a resolver uma situação antes que essa se torne um problema. E isso faz com que ele enxergue sua empresa não somente como fornecedora, mas como parceira e aliada.
O CRM é muito importante também no setor agro, como explica a professora Luciana Florêncio. Segundo ela, os bancos de dados ajudaram os produtores a manterem seus negócios durante a pandemia.
“O que a Covid mostrou para a maioria dos negócios: que quem não tinha banco de dados praticamente sumiu. Se ele tinha banco de dados, tinha como se comunicar [com os clientes].
Para ela, um conteúdo vinculado a uma base de dados se torna muito mais efetivo, porque consegue ajudar a fidelizar os clientes ao longo do tempo, em vez de apenas captar novos clientes ininterruptamente.
Prosperidade Conteúdos: uma solução diferenciada
Na Prosperidade Conteúdos, o conteúdo é o rei.
O trabalho feito pela agência é diferenciado do restante do mercado, porque preza, em primeiro lugar, pela qualidade dos conteúdos.
Claro, também nos preocupamos com a otimização para SEO, para que os conteúdos sejam bem ranqueados no Google e lidos pelo maior número possível de pessoas.
Mas o principal é a acurácia e o primor, tanto da base das informações contidas em nossos conteúdos quanto nos formatos entregues nos produtos, que são os que chegam para sua audiência final.
O texto será o mais claro, correto e informativo possível. Também temos expertise na produção de vídeos, ebooks, infográficos e diversos outros formatos para os vários canais existentes – blogs, redes sociais, emails etc–, na gestão de CRM, no uso do WhatsApp para negócios e muito mais .
Outro diferencial é que entendemos as dores do mercado do agronegócio e,consequentemente, podemos transformar as demandas desse setor em soluções estratégicas ultraespecializadas, apoiando e sustentando o árduo trabalho das equipes de Marketing, Vendas e Produto da indústria de saúde animal e de outras empresas relacionadas ao agro.
Conheça melhor o trabalho da Prosperidade e, se quiser se aprofundar, marque uma conversa com um de nossos especialistas.