O Google anunciou, em 29 de junho, novos recursos para sua ferramenta de checagem de fatos, o Fact Check Explorer, dando continuidade à iniciativa que visa combater a desinformação.
De acordo com publicação oficial no Google Blog, o mecanismo de busca auxilia nessa tarefa ao criar soluções para ajudar as pessoas na avaliação das informações online. O anúncio das features foi, a princípio, divulgado na conferência anual da Global Fact 10, que ocorreu na Coreia do Sul.
A partir da data do comunicado, tornou-se possível que os usuários utilizem a checagem de fatos também em imagens, em adição ao já existente recurso para texto. Verificando, assim, a veracidade de fotos.
Isso, naturalmente, pode se referir a imagens criadas ou editadas por humanos ou ferramentas de inteligência artificial.
Mas, também, à aplicação inequívoca de contexto. O que leva à segunda novidade: um recurso voltado à verificação de contexto, que revela diferentes tópicos relacionados a uma mesma imagem.
Outra novidade anunciada pela empresa foi a seleção dos primeiros beneficiários dos fundos adquiridos por meio de uma doação do Google à IFCN (International Fact-Checking Network). Foram apontadas mais de 35 organizações de verificação de fatos em 45 países.
Essa resolução, por sua vez, parece emergir para trazer credibilidade às marcações da Markup Tool, acessível a qualquer usuário com uma conta Google.
Com o subsídio, as companhias escolhidas poderão desenvolver métodos, processos e diretrizes para trazer mais transparência à internet.
A empresa vem sendo alvo constante de críticas em relação à sua responsabilidade social acerca das notícias falsas. Inclusive quanto à fidedignidade de sua nova ferramenta de inteligência artificial, recentemente adicionada à página de resultados – o Google Bard – e que sofre resistência, especialmente em países da União Europeia.
O Brasil também é um dos principais agentes das polêmicas. Em abril, a companhia, que faz parte do dia a dia do cotidiano do internauta, foi acusada de priorizar informações contrárias ao Projeto de Lei 2630 (Lei das Fake News) em seu buscador.
A página de entrada chegou a exibir uma mensagem afirmando que o projeto poderia “aumentar a confusão sobre o que é verdade e o que é mentira”, posteriormente retirada do ar devido a uma medida cautelar.
O Google negou veementemente as alegações por meio de uma nota na qual afirmou que “não há alteração manual nas listas de resultados para determinar a posição de uma página específica em nenhuma hipótese".
Google Fact Check Tools são ferramentas criadas pelo Google para facilitar a conferência da veracidade dos fatos no ambiente digital, especialmente desenvolvidas para jornalistas, agências de verificação de fatos e pesquisadores.
Disponíveis ao público a partir de um login da conta Google, são divididas em duas plataformas principais: a Fact Check Explorer e a Fact Check Markup Tool.
A Fact Check Explorer consiste em uma barra de buscas muito semelhante à do motor de pesquisa original. Nela, é possível realizar solicitações acerca de um termo ou tópico de interesse.
A ferramenta mostra as notícias relacionadas e uma avaliação associada a um órgão de checagem, assim como uma nota (rating), que exibe tags como “falso” ou “errado”.
O objetivo da Fact Check Marktool é facilitar o processo de marcação de dados estruturados de checagem de fatos (ClaimReview). Essa ferramenta permite que publicadores exibam uma versão resumida da verificação das informações.
Nesse caso, é necessário inserir a URL para criar ou editar uma marcação. Ao realizar isso, é possível apontar qual é a alegação da notícia, quem a fez e qual foi o veredito.
A seguir, elas poderão ser encontradas por usuários ao realizarem uma busca.
Qualquer pessoa com acesso ao Google Search Console pode criá-las, e o buscador não se responsabiliza por eventuais erros de checagem.
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