Além do workshop com dicas para melhorar a comunicação no ambiente corporativo, a Prosperidade Conteúdos também já ofereceu vários outros cursos para a equipe. Um deles foi sobre um assunto que ganhou importância recentemente, principalmente em tempos de pandemia e trabalho remoto: a procrastinação.
Mesmo antes de o teletrabalho se impor entre as empresas para evitar o contágio com a Covid-19, esta agência já defendia o movimento officeless, a comunicação assíncrona e o “healtholic” dando lugar ao workaholic. Isso tudo está presente nas missões, nos valores e na cultura da empresa.
Para a engrenar funcionar, no entanto, é preciso compromisso e colaboração de todos que trabalham na agência.
“Sempre que entrevistamos alguém, deixamos muito claro sobre duas principais habilidades que os colaboradores precisam ter para trabalhar aqui: organização e gestão de tempo. Para o trabalho remoto dar certo, é preciso que cada um seja responsável pelos seus prazos, caso contrário, causará impacto negativo na equipe inteira e nas entregas da agência. Parafraseando Legião Urbana em sua canção ‘Há tempos’, disciplina é liberdade. A frase é, inclusive, um dos pilares da nossa cultura. Acreditamos que mais produtividade significa trabalhar certo, não trabalhar mais. Essa visão tem funcionado!”, disse Lillian Ambrósio, sócia da agência.
Esse tema tão atual foi abordado no workshop “Como lidar com a procrastinação”, da terapeuta, consultora e palestrante Thamiris Santoro Begoti. Ela é psicóloga com foco em terapia cognitiva comportamental, com 10 anos de experiência em recursos humanos e que também atua na plataforma de saúde mental Guia da Alma.
Neste artigo, vamos compartilhar o que aprendemos com Thamiris: quais os tipos mais comuns de procrastinação, quando ela começa a preocupar e quais as dicas para ficarmos livres dela.
Esperamos que seja útil a todos os profissionais, em trabalho remoto ou não, que queiram ser mais produtivos, sem, para isso, perder qualidade de vida.
O significado presente nos dicionários é simples: é o “ato ou efeito de procrastinar, adiamento, demora, delonga”.
Mas nem sempre uma pessoa que procrastina é um procrastinador. Explicamos: uma pessoa pode adiar uma tarefa específica, como lavar a louça ou ir à academia. Tudo bem fazer isso de vez em quando.
Isso se torna um problema quando está muito internalizado na pessoa, quando procrastinar faz parte da rotina.
São quatro os motivos mais comuns para alguém ficar adiando com frequência uma tarefa, trabalho ou resolução de problema:
A pandemia mostrou claramente o impacto das emoções na procrastinação.
Além de as pessoas terem ficado mais preocupadas com o coronavírus, com a família, com a casa e as tarefas do trabalho, o longo tempo em videoconferências, sentadas, aumentou as dores musculares, a tensão, o cansaço físico e mental e a ansiedade. “Por isso esse tema da procrastinação está tão em alta desde 2020”, pontuou a palestrante.
Durante a pandemia, várias pesquisas demonstraram o aumento da ansiedade e termos como o “zoom fatigue” passaram a ser discutidos.
Essa “fadiga do zoom” é o esgotamento advindo do uso excessivo de plataformas virtuais de comunicação. Isso tem relação direta com a substituição das reuniões presenciais, regadas a cafezinho nas empresas, pelas videoconferências, que exigem muito mais atenção e esforço do nosso cérebro.
Esse cansaço mental também leva à procrastinação. Assim como outras doenças emocionais, como depressão, transtornos de ansiedade e alimentares, doenças cardiovasculares, entre outras.
“Às vezes uma pessoa que parece estar procrastinando está, na verdade, com depressão”, exemplificou a psicóloga.
No curso, Thamiris indicou um breve teste para que cada um, num exercício de autoconhecimento, pudesse refletir se é procrastinador ou se apenas procrastina eventualmente – e as razões por trás desses momentos.
Ela pediu para darmos uma nota de 0 a 10 para cada item abaixo:
E depois pediu para observarmos as notas mais altas. O tipo de procrastinador tem relação com a nota mais alta que demos para cada item:
Aqui ela sugeriu seguirmos a ideia do “SMART” sempre que formos definir uma meta ou tarefa para fazermos.
Smart é “inteligente” em inglês, mas também é um acróstico que forma (no original) estas 5 palavrinhas:
Ou seja, o ideal é que nossas metas ou tarefas não sejam vagas ou amplas demais, sejam finitas, possam ser executadas efetivamente dentro das nossas capacidades, façam sentido para nós e, por fim, que um tempo (de início, de duração, de fim) esteja atrelado a elas.
Outras dicas que ela dá para evitar a procrastinação são:
Ela ainda sugere três aplicativos que podem ajudar na organização:
Por fim, ela lembrou da importância do equilíbrio entre mente, corpo e espírito para lidar com a questão das emoções, que, como vimos, também impacta na produtividade.
E sugeriu estes 7 hábitos para ajudar nas rotinas a partir desses três pilares:
Gostou das dicas da Thamiris? Você pode encontrar mais no Instagram dela.
Agora, bora colocar todas elas em prática e limpar aquelas pendências que estão na agenda? ;)