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Conheça estratégias para lidar com a procrastinação

Conheça estratégias para lidar com a procrastinação

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Tempo de leitura: 9 min

23 de Dezembro de 2022 | 14:57

Além do workshop com dicas para melhorar a comunicação no ambiente corporativo, a Prosperidade Conteúdos também já ofereceu vários outros cursos para a equipe. Um deles foi sobre um assunto que ganhou importância recentemente, principalmente em tempos de pandemia e trabalho remoto: a procrastinação.

Mesmo antes de o teletrabalho se impor entre as empresas para evitar o contágio com a Covid-19, esta agência já defendia o movimento officeless, a comunicação assíncrona e o “healtholic” dando lugar ao workaholic. Isso tudo está presente nas missões, nos valores e na cultura da empresa.

Para a engrenar funcionar, no entanto, é preciso compromisso e colaboração de todos que trabalham na agência.

“Sempre que entrevistamos alguém, deixamos muito claro sobre duas principais habilidades que os colaboradores precisam ter para trabalhar aqui: organização e gestão de tempo. Para o trabalho remoto dar certo, é preciso que cada um seja responsável pelos seus prazos, caso contrário, causará impacto negativo na equipe inteira e nas entregas da agência. Parafraseando Legião Urbana em sua canção ‘Há tempos’, disciplina é liberdade. A frase é, inclusive, um dos pilares da nossa cultura. Acreditamos que mais produtividade significa trabalhar certo, não trabalhar mais. Essa visão tem funcionado!”, disse Lillian Ambrósio, sócia da agência.

Esse tema tão atual foi abordado no workshop “Como lidar com a procrastinação”, da terapeuta, consultora e palestrante Thamiris Santoro Begoti. Ela é psicóloga com foco em terapia cognitiva comportamental, com 10 anos de experiência em recursos humanos e que também atua na plataforma de saúde mental Guia da Alma.

Neste artigo, vamos compartilhar o que aprendemos com Thamiris: quais os tipos mais comuns de procrastinação, quando ela começa a preocupar e quais as dicas para ficarmos livres dela.

Esperamos que seja útil a todos os profissionais, em trabalho remoto ou não, que queiram ser mais produtivos, sem, para isso, perder qualidade de vida.

O que é procrastinação?Uma pessoa gritando encima de um relógio, representando a procrastinação

O significado presente nos dicionários é simples: é o “ato ou efeito de procrastinar, adiamento, demora, delonga”. 

Mas nem sempre uma pessoa que procrastina é um procrastinador. Explicamos: uma pessoa pode adiar uma tarefa específica, como lavar a louça ou ir à academia. Tudo bem fazer isso de vez em quando.

Isso se torna um problema quando está muito internalizado na pessoa, quando procrastinar faz parte da rotina.

Quais os motivos mais comuns da procrastinação?

São quatro os motivos mais comuns para alguém ficar adiando com frequência uma tarefa, trabalho ou resolução de problema:

  1. Falta de organização: é o caso daquela pessoa que se enrola com a rotina, tanto no trabalho quanto nas coisas pessoais.
  2. Não delegar tarefas: aquela pessoa que acha que pode fazer tudo e não divide. É uma pessoa que não tem boa administração do tempo, que acaba se sobrecarregando.
  3. Não fazer sentido: acontece com pessoas que têm dificuldade de mudar as próprias prioridades.Uma meta que fazia sentido quando foi traçada, há dois meses, mas hoje não faz mais. Por isso, acaba sempre sendo adiada.
  4. Medo de falhar: É uma procrastinação muito comum em empresas, quando a pessoa vai fazer uma apresentação, por exemplo, e, com medo de fazer errado ou do que os outros vão dizer, acaba gastando horas para concluir o que poderia ser feito bem mais rápido.

Qual o impacto das emoções na procrastinação?

A pandemia mostrou claramente o impacto das emoções na procrastinação.

Além de as pessoas terem ficado mais preocupadas com o coronavírus, com a família, com a casa e as tarefas do trabalho, o longo tempo em videoconferências, sentadas, aumentou as dores musculares, a tensão, o cansaço físico e mental e a ansiedade. “Por isso esse tema da procrastinação está tão em alta desde 2020”, pontuou a palestrante.

Durante a pandemia, várias pesquisas demonstraram o aumento da ansiedade e termos como o “zoom fatigue” passaram a ser discutidos.

Essa “fadiga do zoom” é o esgotamento advindo do uso excessivo de plataformas virtuais de comunicação. Isso tem relação direta com a substituição das reuniões presenciais, regadas a cafezinho nas empresas, pelas videoconferências, que exigem muito mais atenção e esforço do nosso cérebro.

Esse cansaço mental também leva à procrastinação. Assim como outras doenças emocionais, como depressão, transtornos de ansiedade e alimentares, doenças cardiovasculares, entre outras.

“Às vezes uma pessoa que parece estar procrastinando está, na verdade, com depressão”, exemplificou a psicóloga.

Teste se você é um procrastinador

No curso, Thamiris indicou um breve teste para que cada um, num exercício de autoconhecimento, pudesse refletir se é procrastinador ou se apenas procrastina eventualmente – e as razões por trás desses momentos. 

Ela pediu para darmos uma nota de 0 a 10 para cada item abaixo:

  1. Quando uma tarefa me estressa eu espero até o último minuto para fazê-la.
  2. Eu subestimo quanto tempo irei demorar para fazer as coisas.
  3. Eu evito fazer coisas de que as outras pessoas possam não gostar.
  4. Eu odeio que me digam o que fazer.
  5. Eu me sinto sobrecarregado quando há muito para fazer.
  6. Eu fico buscando diversão em vez de executar as tarefas.

E depois pediu para observarmos as notas mais altas. O tipo de procrastinador tem relação com a nota mais alta que demos para cada item:

  1. Tipo evitativo = “não quero sentir desconforto”.
  2. Tipo desorganizado = “tenho tempo sobrando pra fazer tudo isso”.
  3. Tipo indeciso = “preciso ter certeza pra seguir adiante”.
  4. Tipo interpessoal = “não gosto que me digam o que fazer”.
  5. Tipo tudo ou nada = “se não for pra fazer perfeito melhor nem fazer”.
  6. Tipo hedonista = “sigo a lei do menor esforço”.

Estratégias para procrastinar menosUma pessoa voando em uma aviao de papel, segurando um computador

Aqui ela sugeriu seguirmos a ideia do “SMART” sempre que formos definir uma meta ou tarefa para fazermos.

Smart é “inteligente” em inglês, mas também é um acróstico que forma (no original) estas 5 palavrinhas:

  • específica
  • mensurável
  • atingível
  • relevante
  • tempo

Ou seja, o ideal é que nossas metas ou tarefas não sejam vagas ou amplas demais, sejam finitas, possam ser executadas efetivamente dentro das nossas capacidades, façam sentido para nós e, por fim, que um tempo (de início, de duração, de fim) esteja atrelado a elas.

 

Outras dicas que ela dá para evitar a procrastinação são:

  • fazer uma lista com as tarefas, anotá-las em alguma agenda, algum lugar, até para esvaziar a cabeça;
  • dividir tarefas grandes em subtarefas menores (por exemplo: em vez de arrumar o armário inteiro, começar por uma gaveta, para não tornar a tarefa inexequível);
  • perceber as nossas desculpas, os sabotadores e as limitações que estão impedindo de realizar as tarefas;
  • ver se é o caso de delegar ou pedir ajuda para equilibrar as tarefas;
  • dar uma recompensa para si depois que concluir uma tarefa que estava empacada há muito tempo.

 

Ela ainda sugere três aplicativos que podem ajudar na organização:

Por fim, ela lembrou da importância do equilíbrio entre mente, corpo e espírito para lidar com a questão das emoções, que, como vimos, também impacta na produtividade. 

E sugeriu estes 7 hábitos para ajudar nas rotinas a partir desses três pilares:

  1. Meditar
  2. Respirar
  3. Ter boa alimentação
  4. Ter vida social
  5. Fazer atividade física
  6. Praticar atividades prazerosas
  7. Fazer terapia

Gostou das dicas da Thamiris? Você pode encontrar mais no Instagram dela.

Agora, bora colocar todas elas em prática e limpar aquelas pendências que estão na agenda? ;) 

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