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Formas alternativas de busca podem mudar o SEO?

Formas alternativas de busca podem mudar o SEO?

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Tempo de leitura: 6 min

06 de Outubro de 2022 | 10:00

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Escrito por: Lucas Amaral

Você tem uma dúvida, então acessa um mecanismo de pesquisa na internet, digita um termo de busca e clica no melhor resultado. Por fim, seu problema foi solucionado. 

Esse é processo padrão utilizado pelos usuários ao redor do mundo. Ou será que não?

O Google é responsável por 84% do market share global (Statista, 2022). No Search On, evento realizado pela empresa no dia 28 de setembro, o buscador tratou sobre novas maneiras de se fazer uma pesquisa. 

O Googlebot é um mecanismo de inteligência artificial que tenta interpretar a intenção de busca das pessoas para trazer, por meio de dados analíticos, os resultados que melhor correspondem ao que foi pesquisado.

Contudo, possui suas falhas. Afinal, como se aproximar da complexidade do cérebro humano e das características únicas do indivíduo na hora de solucionar uma dúvida?

Cathy Edwards, VP/GM de Search do Google, afirma que “estamos cada vez mais próximos de experiências de  busca que refletem o jeito humano de compreender o mundo graças a avanços no aprendizado de máquina”. 

O texto a seguir trata exatamente sobre esse tema. Se você quer saber mais sobre o que o futuro das buscas reserva e como o usuário moderno se comporta, continue a leitura. 

Novas formas de realizar uma busca

Imagem abstrata: uma mão segura uma lupa com um olho. Há outra mão aberta abaixo da primeira.As formas alternativas de se realizar uma busca foram o tema central do Google On 2022. Contudo, esse não é um assunto tratado de forma esporádica, tampouco pesquisado apenas pelo principal buscador do mundo. 

Existem muitas iniciativas que visam aperfeiçoar as máquinas, acelerar os processos e trazer ao usuário experiências que refletem o mundo real. 

Busca Visual

Em 2017, o Google lançou o Google Lens, um aplicativo de reconhecimento de imagem. 

Na prática, o usuário só precisa apontar a câmera do celular ou capturar uma imagem para obter resultados de busca correspondentes a ela.

Hoje, o recurso é utilizado para responder a mais de 8 bilhões de perguntas mensais (Google, 2022). 

Pelo app, temos os seguintes recursos: 

  • Pesquisa: para obter informações sobre objetos, animais e decoração, por exemplo 
  • Tradução: para ter a tradução imediata do texto contido em uma imagem
  • Texto: para encontrar textos na web e ouvir sua leitura
  • Dever de casa: para conseguir explicações sobre matemática, história e biologia, por exemplo
  • Compras: para obter informações sobre produtos e serviços
  • Refeições: para ter informações sobre comida
  • Música: para identificar músicas.

Em todos os casos, basta apontar a câmera para algo que os resultados da SERP serão exibidos. 

Busca por lugares próximos

Um dos recursos do Google Lens que merece atenção especial é a busca por lugares, para obter informações sobre localidades próximas. 

Para aperfeiçoar a obtenção de resultados, é necessário ativar a localização em seu dispositivo. Assim, é possível tirar a foto de uma refeição ou objeto e saber em quais locais próximos é possível encontrá-los.

Busca híbrida (Multisearch)

Com a adição do multisearch em 2022, os usuários podem também incluir texto ao Google Lens. A ferramenta estará disponível em mais de 70 idiomas no futuro.

Isso representa uma forma de busca híbrida, aliando a tradicional, textual, à visual. 

Ou seja, a pessoa aponta a câmera para um objeto e faz uma pergunta escrita sobre ele, obtendo resultados mais precisos. 

Busca interativa

Durante o Search On, também foi divulgada a intenção de explorar diferentes maneiras de interagir com as informações. Segundo Edwards,  o objetivo é “permitir que as pessoas façam perguntas usando menos palavras – ou até nenhuma”. 

Atualmente, quando alguém começa a redigir um texto na caixa de pesquisa, recebe sugestões que correspondem ao termo por meio do autocomplete. 

Na busca interativa, o buscador pretende dar um passo à frente. Antes mesmo de terminar de escrever, o usuário receberá sugestões de temas ou conteúdos que o permitam explorar novas possibilidades, levando-o a assuntos relacionados, mas diferentes daqueles que buscava a princípio. 

Ou seja, recomendações não apenas de respostas, mas também de perguntas, auxiliando no processo de formulação da dúvida e permitindo a análise de novos universos. 

Essa iniciativa vai de encontro a outras ações da gigante de tecnologia, como o Google Discover, funcionalidade dinâmica que explora temas relacionados.

Busca por cheiro (Google Nose)

Em 2013, o Google armou uma pegadinha de 1º de Abril. Foi anunciado o Google Nose Beta, uma funcionalidade que permitiria que os usuários realizassem buscas por cheiro. 

Assim, seria possível encontrar a fragrância de um perfume, descobrir a periculosidade de um cheiro estranho ou até mesmo encontrar lugares e refeições pelo odor. 

Infelizmente, esse formato de busca foi apenas uma brincadeira. Apesar disso, a ideia de “nariz artificial" é real. 

Um exemplo disso é o projeto “Artificial Nose”, da Microsoft. Trata-se de um projeto da AI Lab que utiliza um sensor de gases e um microcontrole para identificar cheiros em uma base de dados. 

Será possível que os mecanismos de buscas evoluam a tal ponto? Bem, só o tempo poderá dizer. 

Busca por voz

A busca por voz não é mais uma novidade no mercado. Na verdade, essa funcionalidade é utilizada por 27% da população mundial (Google, 2018).

Nos Estados Unidos, 55% dos adolescentes utilizam essa forma de busca diariamente(Google, 2014), número que provavelmente cresceu do ano do estudo para cá. 

De modo que, atualmente, esse é um recurso que já se tornou realidade, sendo um dos principais objetos de estudo dos profissionais de SEO. 

Busca por vídeo

David Pierce, editor do site de tecnologia The Verge, realizou um estudo no qual substituiu o Google pelo TikTok e obteve resultados “melhores do que o esperado”. 

Trata-se de uma tendência que deve ser levada a sério, especialmente se levarmos em consideração as buscas realizadas pelos mais jovens. 

Em Julho de 2022, Prabhakar Raghavan, Vice-Presidente do Google, disse que “mais ou menos 40% dos jovens não recorrem à busca do Google ou ao Google Maps para encontrar um lugar para comer”. E completa: “Eles vão ao TikTok ou ao Instagram”. 

Isso mostra, possivelmente, que os resultados de buscas tendem a ser cada vez mais visuais. 

As plataformas sociais são as preferidas do público jovem. Apesar disso, o Google parece mexer seus pauzinhos para se adaptar. A prova disso é a aparição cada vez mais frequente dos vídeos curtos do YouTube Shorts nos resultados de busca e o investimento no Google Web Stories, que utiliza a perenidade a seu favor. 

A mescla entre dados de navegação e intenção de busca emergem como uma solução para um problema muito comum dos buscadores tradicionais: a personalização das respostas. 

Afinal, dois usuários podem usar exatamente o mesmo termo para pesquisar, mas, ainda assim, terem intenções de busca completamente diferentes. 

Na prática, o que as novas formas de busca representam para o SEO?

Homem de terno praticando slackline.As novas formas de busca podem não representar uma ameaça para o SEO, mas certamente requerem adaptações nessa estratégia. 

Na busca visual, por exemplo, é cada vez mais importante o uso de atributos como o alt text, a responsividade das imagens e o mobile-friendliness do site. 

Quanto à busca por lugares próximos, é preciso se atentar ao SEO local. Em restaurantes e outros estabelecimentos comerciais, a atualização de cardápios e estoques no Google Meu Negócio é essencial. 

Já na busca por voz, a identificação da intenção e a redação de textos que se adequem às perguntas orais são recursos valiosos. Afinal, as pessoas pesquisam de maneiras diferentes ao falar e ao redigir uma dúvida. 

Por fim, na busca por vídeos, os formatos curtos alinhados ao uso de palavras-chave ganham ainda mais força. 

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