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Como criar conteúdos únicos na era da inteligência artificial

Escrito por Lucas Amaral | 19/03/2024 10:00:00

Com o advento das ferramentas de inteligência artificial generativa, especialmente o ChatGPT, houve um chacoalhar no universo do marketing de conteúdo

Isso porque, supostamente, a partir de uma simples solicitação (ou input), é possível ter peças textuais prontas em instantes. 

Contudo, nem tudo são flores. Apesar desse tipo de tecnologia ter maior agilidade que os redatores humanos, isso não significa que acompanha sua criatividade e dinamismo. Um texto elaborado por IA carece de algumas habilidades que, ao menos por ora, apenas pessoas têm. 

Afora tudo isso, entram questões éticas sobre substituição da força de trabalho e plágio que levou alguns países à regulamentação desse tipo de sistema. Outros debatem, inclusive, sua proibição. 

Em meio a tantas polêmicas, fica a dúvida: se a inteligência artificial generativa está ao alcance de todos, o que diferencia um texto de outro? É sobre isso que discutirei no texto a seguir. 

Então, se você deseja saber como criar conteúdos únicos e originais na era da inteligência artificial, continue a leitura. 

Como funciona a criação de conteúdo com inteligência artificial?

Antes de prosseguir, é importante compreender o funcionamento da inteligência artificial generativa. Trata-se de uma tecnologia que armazena dados em texto e é capaz de interpretá-lo. 

A partir do aprendizado de máquina (ou seja, após a leitura recorrente de grandes quantidades de textos), consegue prever por meio de estatísticas a provável continuidade do texto. Isso quer dizer que, a partir de um data lake extenso, consegue prever qual seria a próxima letra para um texto incompleto, como “o que é a…”. 

Naturalmente, isso ocorre em milésimos de segundos e leva em consideração milhões de variáveis, inclusive aquelas citadas no input (texto em que há a solicitação) para que haja o output (texto em que é gerada a resposta). 

Mas tudo isso é baseado em uma fonte de dados. Você pode não saber qual é, mas certamente a utiliza todos os dias, pois trata-se da internet. Ou seja, o algoritmo observa todas as informações na internet para criar um novo texto. 

É aí que entram as questões éticas e legais: se ele se baseia em algo, como pode ser original? Infelizmente, essa é uma pergunta a qual há intensos debates ao redor do mundo. 

Como criar conteúdos únicos na era da inteligência artificial?

Imagine a seguinte situação: várias empresas desejam criar textos para falar sobre “o que é computação quântica” e postar em seus blogs. Se todas elas recorrem à inteligência artificial generativa para criação, teremos como resultado textos muito parecidos. 

Mesmo que sejam redigidos com estruturas e palavras diferentes, as informações ali contidas serão as mesmas. Isso porque essas ferramentas não são capazes, exatamente, de criar coisas novas, mas de remodelar informações já existentes. 

Entramos, então, em um paradoxo, pois a inteligência artificial depende da criação humana para gerar originalidade. E se os humanos param de produzir, nada é original. 

Para driblar essa situação, é preciso investir em conteúdos únicos. A seguir, veja algumas maneiras de trazer a essência humana para os textos. 

Utilização de especialistas

Uma das formas para criar conteúdo original é a contratação de especialistas para redigi-los. Um bom redator pode criar um bom texto sobre como é a Terra vista de longe com base em pesquisas, mas um astronauta que já esteve no espaço certamente possui uma visão muito além. 

Experiência. Essa é a palavra-chave para trazer unicidade a um texto. Inclusive, é ao que se refere o E das diretrizes EEAT do Google. 

Entrevistas

Porém, nem sempre é possível solicitar que um especialista escreva um texto completo para ir ao blog. Nesse caso, voltamos a um dos pilares do jornalismo tradicional: as entrevistas. 

Por meio delas, é possível trazer a opinião de especialistas. Além disso, permite manter a imparcialidade do texto por meio de pontos de vista contraditórios ou complementares, tornando-o ainda mais rico. 

Uma coisa é certa: bancos de dados não têm acesso ao que está na mente humana. 

Criatividade e storytelling

Por mais que a inteligência artificial seja eficiente em elaborar peças engenhosas, ela não possui a imaginação humana. A perspectiva inovadora, a veia artística, a contação de experiências reais que só acontecem a um indivíduo. 

De fato, uma IA pode contar sobre uma experiência vivida. Porém, será nada mais que uma interpretação de papéis ou uma mentira. O foco no que é humano certamente é capaz de gerar empatia ao ponto de o leitor se afeiçoar com o texto. 

Dados

Os dados estão disponíveis aos montes na web. Mas existem informações que ainda não foram nelas divulgadas. Você poderia, por exemplo, perguntar às pessoas da sua cidade em que setor deveria ser investido o próximo aporte público. 

Essa é uma informação que uma inteligência artificial não teria (embora passe a ter no momento em que for divulgada). Mas, para que o conteúdo seja autêntico, os dados exclusivos são valiosas fontes de originalidade. 

Existem muitas funções que só podem ser exercidas por pessoas. Embora as ferramentas de IA sejam bons copilotos, ainda falta muito para que cumpram com primazia as funções humanas. 

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