O que é “conteúdo”? Não existe resposta única para essa pergunta. Mas foi o Google que criou uma das definições mais interessantes, baseada num pilar formado por três palavras começadas com a letra H, em inglês: Help, Hub e Hero.
Às vezes elas aparecem em ordem diferente também, ok? Hero, Hub e Help. Ou simplesmente 3Hs.
Nesse conceito, os conteúdos podem ser divididos em três tipos:
Neste artigo, vamos conhecer mais a fundo cada um desses tipos de conteúdos.
Os maiores exemplos desse tipo de conteúdo são os vídeos, posts, podcasts, artigos ou infográficos com tutoriais, manuais de instruções ou perguntas frequentes, por exemplo.
Textos do tipo Help geralmente têm um título começando com “Como fazer” determinada coisa.
Além disso, como destaca a dissertação de mestrado “Marketing de conteúdo: planeamento, estratégia e execução”, defendida por Rita Maria Ferreira Oliveira na Universidade Católica Portuguesa, em 2021:
“O ‘Help content’ é conteúdo que está sempre disponível, é facilmente encontrado, é criado para atender às necessidades específicas do cliente e ajuda na gestão de reputação da marca.”
Nessa mesma linha, Lazar Dzamic e Justin Kirby, autores do livro "The Definite Guide to Strategic Content Marketing", de 2018, dizem que esse tipo de conteúdo permite que uma marca se comporte “como um ser humano”, ao ouvir e responder um problema e, assim, “ganhar confiança”.
Ao criar esse conceito, o Google definiu o conteúdo Help como aquele voltado para as pessoas que estão pesquisando algo e, por isso, querem, antes de qualquer coisa, um conteúdo que seja relevante.
O próprio Google sugere algumas boas práticas para quem vai fazer conteúdos Help:
Esse tipo de conteúdo pode aparecer em forma de vídeos, ebooks, eventos e webinários, por exemplo.
O importante é que é um conteúdo de grande impacto, que gera uma ressonância emocional na audiência, e que normalmente atinge um público bem amplo em um curto espaço de tempo – uma campanha que, de tão inspiradora, costuma viralizar ou repercutir bastante.
“É uma abordagem geralmente focada na construção da presença da marca através de conteúdo cujo objetivo é gerar consciência, habilitar o reposicionamento da marca ou gerir a sua reputação. É altamente compartilhável, frequentemente divertido e impactante”, escreveu Rita Maria Ferreira Oliveira.
Esse tipo de conteúdo requer um investimento maior, em tempo e dinheiro, e uma criatividade grande também. Em razão disso, possui frequência bem menor que os outros 2Hs.
Inclusive por isso, não deve ser divulgado a todo momento – é o ideal para sair com o lançamento de um grande produto, por exemplo, ou durante um grande evento – como a Copa do Mundo, o Rock In Rio ou o Dia das Mães.
Estas são algumas das melhores práticas para fazer esse tipo de conteúdo, segundo o Google:
“Uma vez que os consumidores entram no campo gravitacional de uma marca, descobrindo-a por meio do Hero ou do Help, eles podem gostar do que viram e podem querer mais; eles podem ter clicado no botão 'Inscrever-se' em um canal do YouTube ou fornecido seu endereço de e-mail para uma newsletter. Eles agora esperam doses regulares de magia.”
Ou seja, o Hub é o conteúdo oferecido de forma mais regular, ou em forma de episódios, e que faça com que aquele internauta que já chegou até você seja abastecido com suas ideias, para querer continuar frequentando sua página.
É voltado para as pessoas que já se inscreveram ou pretendem se inscrever, de alguma forma, naquela página ou canal e querem conteúdo que seja, antes de mais nada, regular.
Normalmente o conteúdo Hub é informativo ou ainda educacional, trazendo para o público assuntos que tenham a ver com a expertise daquela marca.
Para o Google, estas são algumas das boas práticas para quem faz conteúdo Hub:
A resposta é: “depende”.
Alguns nichos não combinam com o tipo Help, por exemplo. Não têm nada a ensinar, mas podem ser ótimos em entreter ou inspirar.
Já outros, como o financeiro ou de saúde, por exemplo, são ótimos para o Help e nem tanto para o Hero.
O livro "The Definite Guide to Strategic Content Marketing" traz três perguntas que devem ser feitas antes de decidir qual “H” usar:
Isso tudo tem que ser avaliado antes de definir quais conteúdos fazer e se eles serão lançados em uma estratégia de funil de topo, meio ou fundo.
Mas, como já apontamos nos tópicos anteriores, muitas vezes um potencial cliente vai descobrir aquela marca por meio de um desses tipos de conteúdo e, depois, vai querer consumir os outros.
Os conteúdos Hub se beneficiam muito do Help e do Hero, por exemplo, porque esses são tipos mais potentes para atrair interessados que, uma vez tendo descoberto aquele canal, podem querer receber pílulas de informação de forma mais regular.
Quer saber mais a respeito de estratégia de conteúdo, para pensar nos melhores tipos para sua marca adotar? Então, leia o nosso guia completo de como montar um plano de estratégia de conteúdo eficaz.