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Acessibilidade na web: entenda a importância de adotar a prática

Acessibilidade na web: entenda a importância de adotar a prática

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Tempo de leitura: 5 min

08 de Março de 2023 | 10:00

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Escrito por: Tati Barros

Você diria que 45 milhões de pessoas é um número baixo, tendo em vista que a população do Brasil é de 214 milhões? Possivelmente, não. Pois esse é o total de indivíduos no país (21%) com alguma deficiência, segundo dados do IBGE, de 2019.

Independentemente do tamanho, essa parcela de pessoas jamais pode ser desconsiderada. Isso vale, inclusive, para a forma como nos comunicamos no ambiente online.

 A disponibilização de conteúdo acessível é um tema tão fundamental que está presente na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), que tem como objetivo assegurar e promover a inclusão social e a cidadania desse grupo.

A lei destaca a necessidade de acabar com qualquer “entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que dificulte ou impossibilite a expressão ou o recebimento de mensagens e de informações por intermédio de sistemas de comunicação e de tecnologia da informação”.

Ao longo deste artigo, vamos abordar quais são as ações que podem ser tomadas para garantir que essas pessoas com deficiência tenham acesso a conteúdos online, com a mesma qualidade que o restante do público tem. 

O que é considerada uma pessoa com deficiência?

O Estatuto da Pessoa com Deficiência declara que é considerada assim aquela que tem algum tipo de impedimento de longo prazo, seja de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que atrapalhe sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

O que é conteúdo acessível? 

Montagem de ilustração mostra conteúdo e uma mão sobre ele.

Conteúdo acessível é aquele que pode ser utilizado e compreendido por todas as pessoas, independentemente se elas possuem algum tipo de deficiência ou limitação. 

Quando falamos do ambiente online,  há um termo que precisa ser abordado: a acessibilidade digital. 

Colocar a acessibilidade digital em prática significa eliminar barreiras para a navegação na internet, ou seja, fazer com que sites e redes sociais sejam projetados de forma que possam ser acessados e entendidos por todas as pessoas.

Como criar conteúdo acessível na web?

O Web Content Accessibility Guidelines, ou Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web, é um conjunto de recomendações para criar conteúdos acessíveis em todo o mundo.  

Essas diretrizes seguem quatro princípios. Tudo o que for publicado na internet deve ser: perceptível, operável, compreensível e robusto. Vamos explicar cada um deles:

Perceptível 

Os conteúdos e os componentes da interface de um site devem ser apresentados em mais de uma forma, para que possam ser percebidos pelo usuário. 

Suas diretrizes incluem: alternativas textuais (como impressão com tamanho de fontes maiores, braile, fala, símbolos ou linguagem mais simples), legenda, descrição de imagem, língua de sinais, mídia alternativa e audiodescrição, layout simplificado e código de HTML que consiga compreender leitores de tela.

Operável

O site precisa ser programado de forma que seja possível que qualquer usuário consiga realizar operações, sem nenhum tipo de barreira de acesso. 

Para isso, há algumas diretrizes a serem seguidas: 

  • ser acessível por teclado;
  • velocidade da página deve ser equilibrada;
  • cabeçalhos organizados;
  • deve-se  evitar o uso de dispositivos que sejam um gatilho para ataques epiléticos (como excesso de cores e iluminação, ou a utilização exagerada de pop-ups). 

Compreensível

Neste princípio, o foco principal é o conteúdo. Todo o texto deve ser legível e compreensível.

Escolha adequada de fontes, evitar expressões específicas (que são aquelas utilizadas por um grupo, como acontece em determinadas áreas profissionais) e escreva sentenças de forma clara e objetiva. 

Robusto

O último princípio está relacionado à codificação do website. Quando se diz que o  HTML deve ser robusto, isso quer dizer que ele deve ser bem estruturado a ponto de ser capaz de rodar as tecnologias assistivas, além de ser navegável pelo teclado. 

Cinco práticas para tornar seu conteúdo acessível 

Ilustração mostra pessoa segurando uma caneta BIC

Baseado nesses princípios e diretrizes do WCAG, selecionamos algumas ações fáceis de serem implementadas no conteúdo e que fazem com que ele se torne acessível. São elas:

1. Alt tag ou alt text

O alt tag ou alt text nada mais é do que a descrição das imagens presentes em uma página. Ele é importante tanto para que ferramentas consigam fazer a audiodescrição para deficientes visuais, quanto para o caso da imagem não ser carregada devido a um mau funcionamento.

Essa descrição deve ser clara e objetiva. A ideia é passar o que está acontecendo naquela imagem; não precisa conter todos os detalhes de pessoas e objetos inseridos ali.

2. Legenda de fotos

A legenda de fotos, assim como o alt text, é um recurso essencial para explicar o que acontece em determinada imagem. Para que ela seja acessível, no entanto, é preciso evitar o uso de abreviações e símbolos que atrapalhem a compreensão das ferramentas de leitura.

3. Linguagem simples e clara

Pessoas de diferentes níveis de escolaridade podem acessar o seu conteúdo. Uma leitura simples e objetiva torna a mensagem mais compreensível para todos os tipos de públicos, inclusive para aqueles que têm uma maior dificuldade de interpretação de texto.

4. Conteúdo multissensorial

Essa é uma maneira de atender às necessidades desses diferentes públicos. Além das descrições de imagens, que já citamos, vale investir, ainda,  em vídeos com legendas e textos com áudios. Sempre que possível, combine mais de uma opção para tornar o conteúdo ainda mais acessível.

5.  Textos à esquerda

Você sabia que pessoas com deficiência intelectual costumam ter dificuldade de leitura por meio dos blocos de texto justificados? Por isso, deixar o texto alinhado à esquerda garante uma melhor legibilidade do conteúdo.

6. Cores e contrastes

Segundo as Diretrizes de Acessibilidade ao Conteúdo da Web (WCAG), a taxa de contraste deve ser, no mínimo, de 4.5:1 para texto normal. É muito importante escolher cores que sejam visíveis para diferentes pessoas, considerando, por exemplo, aqueles com daltonismo (distúrbio da visão que interfere na percepção de cores, especialmente vermelho e verde). 

A dica fundamental é investir em contrastes e elementos diversos para passar a informação (diferentes formas, cores e ícones). 

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