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Como melhorar a experiência de leitura na web

Escrito por Lucas Amaral | 12/08/2021 03:00:00

A qualidade do conteúdo e a consequente experiência de leitura na web são alguns dos elementos mais importantes para autores de páginas e donos de blogs. 

Muitos autores focam na otimização, criatividade e funcionalidade da redação, mas se esquecem do principal: a utilidade para o leitor. 

Esse é um grande erro. 

Afinal, a escrita de artigos é um dos pilares de uma estratégia de conteúdo

Um dos erros mais comuns identificados na produção de conteúdo é justamente a negligência com relação à experiência do usuário ao ler os textos. 

E não adianta ter um site rápido, acessível, com o layout bem elaborado, quando a leitura é comprometida. 

Mas não há com o que se preocupar. 

Se você quer saber como enriquecer um texto e melhorar a qualidade do conteúdo por meio das palavras e recursos de edição, continue a leitura. 

No texto a seguir, aprenda tudo que é necessário para aplicar as melhores práticas e favorecer a experiência do leitor.  

O que é a experiência de leitura na internet?

A experiência de leitura na internet é o termo utilizado para as técnicas que visam melhorar a percepção de um usuário ao ler um texto. Ou seja, faz com que o leitor se sinta confortável ao consumir o conteúdo textual. 

Atualmente, muito se fala sobre design responsivo, uso de palavras-chave e modelos inovadores de blog posts. 

Mas e quanto à experiência do leitor?

É justamente sobre esse tópico que trata a experiência de leitura. 

Em outras palavras, técnicas de escrita voltadas ao conteúdo digital que estimulam o prosseguimento e ajudam o usuário a identificar pontos-chave que solucionam sua dúvida. 

Por que é importante melhorar a qualidade do conteúdo para o usuário?

A experiência de leitura do usuário é importante porque os textos são responsáveis por levar os potenciais clientes para a próxima etapa da jornada de compra

Todos os anos são investidos muitos recursos voltados ao marketing de conteúdo. 

Os textos para blog são responsáveis por atrair usuários que nunca interagiram com a marca, convertê-los em leads, engajá-los, educar o mercado, gerar autoridade de marca, entre muitos outros objetivos. 

Ou seja, artigos são a essência dos blogs corporativos utilizados para finalidades de marketing.

Quando não atendem às necessidades do usuário, há grandes chances de ele fechar a aba correspondente e abandonar o blog. 

E, possivelmente, gerar um efeito contrário: uma má experiência de consumo. 

Como melhorar a experiência de leitura na web?

Existe uma série de recursos disponíveis para que a experiência de leitura na web se torne mais agradável. 

Eles estão presentes em qualquer editor de textos, como Word, Google Docs ou em ferramentas de edição de CMSs, como o WordPress. 

A seguir, descubra como potencializar o seu uso para desenvolver textos que privilegiam o usuário. 

1. Crie uma table of contents

A table of contents é um dos itens que mais facilitam o consumo de conteúdo do usuário. 

Precisamos ter em mente que, na maior parte dos casos, o leitor adentra as páginas de um blog para encontrar uma resposta rápida e objetiva para sua dúvida. 

Ou seja, não lê todo o conteúdo. 

Uma tabela de conteúdo (ou sumário) é responsável por apresentar ao leitor todos os tópicos e subtópicos que serão desmembrados no texto. 

No caso dos intertítulos deste artigo, ficaria assim: 

Table of contents

  • O que é a experiência de leitura na internet?
  • Por que é importante melhorar a experiência de leitura do usuário?
  • Como melhorar a experiência de leitura na web?
    • 1. Crie uma table of contents
    • 2. Use bullet points
    • 3. Utilize o negrito
    • etc.

Perceba que, com isso, é mais fácil identificar os pontos de atenção e navegar pela página. 

Além disso, existem recursos que permitem a criação de links clicáveis.

Assim, ao selecionar um dos tópicos, o scroll é automaticamente posicionado no ponte em que se encontra o subtítulo. 

É possível, inclusive, aplicar funcionalidades que situam a table of contents estática no canto da tela. 

2. Use bullet points

Os bullet points são recursos valiosos que elencam pontos, dados ou tópicos importantes para o leitor. 

Muitas vezes, as frases do texto podem ser listadas, melhorando a experiência de leitura, principalmente em dispositivos móveis, como você verá no exemplo prático a seguir. 

Bullet points são úteis porque: 

  • Beneficiam a compreensão do usuário
  • Se adequam a diferentes formatos de tela
  • Exploram os espaços em branco.

Todas essas informações poderiam ser inseridas em uma única sentença. 

No entanto, ao pensar em uma experiência agradável, é mais prático observá-las no formato de lista.

3. Utilize o negrito e o sublinhado

O negrito é responsável por destacar frases importantes de um texto. 

Em outras palavras, realçam pontos de atenção do conteúdo, partes indispensáveis para a compreensão do artigo como um todo.

De modo similar, o sublinhado é utilizado para dar ênfase a determinados pontos, sendo comumente aplicado a trechos curtos ou palavras. 

4. Aplique o itálico

O itálico é utilizado quando há a necessidade de discernir um termo das demais palavras do texto. 

Sempre que houver uma oração que se diferencia do contexto, é preciso utilizá-lo. 

Por exemplo, ao citar o título de uma obra: 

[…] Philip Kotler exemplifica no livro Marketing 4.0 as principais diferenças entre […]

Ou para identificar veículos ou estruturas: 

[…] o comandante pilotava um Boeing 777 quando recebeu um sinal de transmissão […]

Muitas vezes, também é usado para diferenciar termos em outros idiomas: 

[…] enquanto realizava um brainstorm, o aluno percebeu que o coach […] 

5. Evite o ponto e vírgula

O ponto e vírgula é utilizado em ocasiões em que há a necessidade de estabelecer pausas maiores que a vírgula; mas menores que o ponto final. 

Contudo, muitas vezes menos é mais. 

Esse não é um conceito sobre o qual as pessoas costumam ter domínio. 

São, portanto, dispensáveis em textos para a internet, cujo objetivo é trazer a informação da maneira mais simples possível. 

Por isso, pense duas vezes antes de aplicá-lo e o faça somente em ocasiões nas quais o uso é essencial. 

6. Abuse dos gráficos, diagramas e imagens

Gráficos e imagens são ótimos complementos para conteúdo em texto, já que auxiliam na compreensão das informações. 

São muito utilizados em materiais do tipo tutorial na internet. 

Imagine que você deseje mostrar ao seu leitor como realizar uma pesquisa no Google Imagens, por exemplo. 

A adição de uma imagem simples, como essa, facilitaria bastante a identificação da aba. 

Ela foi criada por meio de uma ferramenta básica do Windows, o Paint. 

No entanto, existem diversos outros casos em que o uso de recursos visuais se aplica. 

Diagrama: experiência de leitura na internet

Veja esse simples exemplo que reproduz com facilidade a anatomia de um texto para web, que pode ser criado por meio de ferramentas gratuitas como o Canva

Existem muitas ferramentas que podem auxiliá-lo na confecção de elementos gráficos que empoderam o conteúdo. 

No entanto, é preciso lembrar que nada substitui o trabalho de um profissional.

Em peças complexas e trabalhos comprometidos, é necessário contar com serviços profissionais ou o auxílio de uma agência.

7. Inclua tabelas

As tabelas são um formato de diagrama que distribui o conteúdo em fragmentos menores e visualmente agradáveis. 

Além disso, são muito fáceis de criar, inclusive nos editores de texto. 

Servem tanto para comparativos quanto para listas e relação entre itens. 

Tabela: recurso de experiência de leitura x objetivo

8. Introduza citações

A citação é uma referência a frases ditas por outras pessoas. 

Podem ser frases de livros, palestras, músicas, filmes, entre outros.

Para seu uso, normalmente recorremos a autoridades em um determinado assunto. 

“A citação tem como principal função explicar ou reforçar um conceito por meio de referências externas. É uma ótima maneira para ‘sequestrar’ a autoridade alheia para um texto.” (Lucas Amaral, redator e estrategista da Prosperidade Conteúdos)

Vale frisar que ela pode ou não ser destacada no texto, como no exemplo acima. 

Nada impede que venha integrada ao conteúdo. 

Nesse caso, ficaria assim: 

De acordo com o redator e estrategista da Prosperidade Conteúdos, Lucas Amaral, “a citação tem como principal função explicar ou reforçar um conceito por meio de referência externas”. Ele completa: “essa é uma ótima maneira para ‘sequestrar a autoridade alheia para um texto”. 

9. Adapte o tamanho das frases e parágrafos

O tamanho das frases e parágrafos é outro fator a ser considerado para melhorar a experiência de leitura nos canais digitais. 

Via de regra, o conteúdo web tende a ser mais direto que o conteúdo jornalístico. 

Isso ocorre devido ao grande volume de acessos realizados por meio de dispositivos móveis. 

Muitas vezes uma frase no desktop pode representar um grande bloco de texto no smartphone, por exemplo. 

No entanto, existem alguns fatores que devem ser considerados, como as preferências do público, a profundidade do tema e as necessidades da persona. Em alguns casos, parágrafos e frases curtos demais podem fazer com que o leitor perca o foco na leitura. 

10. Insira links internos

Os links internos são aqueles que redirecionam o usuário para páginas do próprio blog ou site como recurso de marketing estratégico. 

Ou seja, são responsáveis por manter o leitor nas páginas internas. 

Eles têm uma funcionalidade relacionada ao SEO, mas a principal questão é a experiência do usuário. 

Quando um usuário encontra um termo desconhecido, é de se imaginar que ele deseje mais informações para compreendê-lo. 

Se houver um link clicável, ponto para o redator. 

Eles devem ser inseridos somente em locais que façam sentido, então não tente forçar a barra para que haja o repasse de autoridade. 

Inclua-os somente em textos-âncora que, em caso de clique, direcionam o usuário para conteúdos relacionados. 

Entretanto, há outras ocasiões nas quais os links internos são utilizados, como quando há indícios de um conteúdo complementar ou adicional, CTAs que visam levar o usuário para uma próxima etapa do funil de vendas ou referências a pesquisas e dados. 

11. Adicione links de saída

Os links de saída, por sua vez, levam o usuário para páginas externas. 

Por conta disso, muitas empresas optam por não utilizá-los. 

“Ora, por que eu deveria inserir um link que leva o usuário a outros locais?”, você deve estar se perguntando.

A resposta é óbvia: para beneficiar a experiência do usuário. 

Quando não há conteúdo complementar ou adicional no próprio blog, é válido direcioná-lo a páginas que resolvem suas dúvidas. 

Essa prática é, inclusive, um fator de ranqueamento para mecanismos de buscas, desde que o link leve o usuário a uma referência relevante. 

Além disso, é uma atividade recomendada para link building, já que os administradores podem identificar a cortesia e aplicar a reciprocidade. 

Quanto maior a confiança do link inserido (ou sua autoridade de página e de domínio), melhor. 

Por isso, referências a sites como Wikipedia, Google ou YouTube são bem-vindas. 

Além, é claro, de servirem como alicerce para dados de pesquisa ou dados estatísticos e imagens pertencentes a terceiros. 

Ah, um detalhe importante: o excesso de links de saída é um fator que prejudica o ranqueamento. 

Por isso, use-os de moderadamente ou utilize a tag nofollow em alguns deles, indicando a não transferência de autoridade ao site citado. 

12. Disponha dados e estatísticas

Os dados e estatísticas são valores numéricos que fortalecem um argumento. 

Por exemplo, nas primeiras páginas do Google, há uma média de 16 links internos (Authority Hacker, 2019). 

Esse dado, por si só, não significa que você deve inserir esse número exato de links em suas páginas. 

Nesse caso, trata-se de uma métrica isolada que não leva em consideração o tipo de página (aba de site, produto, blog post, landing page etc.) ou o tamanho do conteúdo. 

É por isso que as informações devem ser acompanhadas de contexto. 

13. Use o nome da marca com consciência

Por fatores como desconhecimento ou ansiedade pelos resultados, muitos donos de empresas acreditam que o nome da marca deve aparecer em qualquer peça textual divulgada.

A verdade é que existem diferentes etapas no inbound marketing. 

Na maior parte da jornada do cliente, ele não precisa interagir com o nome da marca. 

Isso muda conforme o consumidor avança no funil de vendas, sendo mais comum no fundo do funil ou em outros formatos de conteúdo, como o email marketing. 

Porém, é possível utilizá-la, desde que soe natural. 

Aqui na Prosperidade Conteúdos preferimos citar o nome da agência em CTAs específicas ou, como nesta exata frase, para exemplificar uma situação. 

Em estágios primários, o uso recorrente desse recurso pode gerar uma impressão de publicidade e afastar o leitor. 

14. Organize e enumere os subtópicos

A organização e enumeração de subtópicos é um fator que leva em consideração a escaneabilidade do texto. 

Neste artigo, por exemplo, você percebe como os subtópicos fazem sentido quando vistos isoladamente?

Primeiro, explicamos o conceito em “o que é a experiência de leitura na internet?”.

Depois, esclarecemos porque ele é relevante em “por que é importante melhorar a experiência de leitura do usuário?”. 

Essas são dúvidas comuns do leitor. 

Por fim, cumprimos a promessa do título em “como melhorar a experiência de leitura na web?”. 

Perceba que há uma lógica coerente entre os intertítulos. 

Quando há múltiplos subtópicos que podem ser abordados de maneira sequencial, é possível utilizar a numeração, como o que você lê neste momento. 

Nem sempre a enumeração é necessária. 

Mas, quando possível, facilite o trabalho do usuário e mostre a ele a ordem correta de consumo do conteúdo. 

15. Indique a autoria

A autoria do texto é um valioso recurso para informar ao leitor quem redigiu o texto. 

Muitos administradores de blogs ignoram esse elemento. 

Mas, além de ser um importante fator de ranqueamento para o Google, também gera links internos e externos e aumenta a credibilidade do artigo, já que aponta a autoria de um especialista. 

É também uma técnica de geração de autoridade para a marca, um efeito colateral que mostra que os profissionais envolvidos realmente sabem sobre um determinado tema. 

16. Invista na inclusão digital

A experiência de leitura deve beneficiar a todos — inclusive as pessoas que não enxergam. 

Por essa razão, é muito importante oferecer recursos que beneficiem a inclusão, como os audio posts. 

Existem, inclusive, ferramentas automatizadas que, quando incluídas em um blog post, realizam a leitura oral do texto. 

O mesmo é válido em outros elementos, como a possibilidade de aumentar as fontes, a descrição e texto alternativo de imagens para favorecer os programas de leitura automática, as legendas para vídeos e a possibilidade de realizar a navegação completa pelo teclado. 

Mas não para por aí. 

A inclusão digital oferece muitas outras oportunidades para que qualquer pessoa possa consumir o conteúdo. 

17. Calcule a taxa de magnetismo

Ouve-se muito falar em métricas como o tamanho do conteúdo e a taxa de permanência na página. 

Porém, sozinhos, esses indicadores não indicam por completo a qualidade do texto. 

Para isso existe a taxa de magnetismo, calculada da seguinte maneira: 

Taxa de Magnetismo = (Tempo de Permanência na Página / Tempo Estimado de Leitura do Texto) x 100

Ela leva em consideração essas duas variáveis para confirmar se o texto retém o usuário ao longo do tempo. 

Quanto mais próximo de 100 o valor final, maior a qualidade do texto. 

18. Capriche no CTA

O CTA (call to action ou chamada para a ação) é um dos elementos fundamentais para o uso de textos para marketing. 

Ele é responsável por fazer com que o usuário realize uma ação desejada, como clicar em um link, redigir um comentário ou comprar um produto. 

CTAs devem aparecer de maneira orgânica em meio ao texto, para que o usuário seja atingido no momento certo e enxergue real valor na proposta. 

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