O bloqueio do X no Brasil, determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), terminou em 8 de outubro, após 38 dias. Apesar do fim do imbróglio, a decisão da Justiça de suspender o antigo Twitter no país serve de alerta para as marcas — ou ao menos deveria servir: as redes sociais são terrenos alugados.
É inegável que, se direcionados aos públicos certos, os conteúdos nas redes sociais podem trazer grandes retornos. Não é o potencial que essas mídias possuem que será discutido neste artigo, mas sim uma reflexão sobre colocar grande parte — ou até mesmo a totalidade — dos recursos de marketing digital nelas.
Assim como o X de Elon Musk, Instagram, Facebook (ambos da Meta) e TikTok (da chinesa ByteDance) também possuem donos, que estão sujeitos às diferentes legislações dos países nos quais suas empresas atuam. Ou seja, o descumprimento de leis e diretrizes pode resultar em bloqueios e até banimentos. Imagine a sua empresa fora de um desses canais, de uma hora para a outra, após investir pesado em conteúdos e anúncios?
Daí surge a importância de as marcas investirem cada vez mais em hubs proprietários de conteúdo (exemplo: sites e blogs), como veremos neste texto.
Por que redes sociais são consideradas mídias alugadas?
Quando dito acima que uma rede social é um terreno alugado, deve-se ao fato de sua marca ter um perfil nela, investir em conteúdos e impulsionamento, mas estar à mercê dos problemas citados anteriormente, além de mudanças nos algoritmos, nas regras que regem o uso dessas plataformas etc.
Veja alguns exemplos que corroboram a ideia central deste texto:
- Propriedade da plataforma: ao criar um perfil ou página em uma rede social como Facebook, Instagram ou LinkedIn, sua empresa está usando uma infraestrutura que pertence a terceiros. As plataformas podem mudar suas políticas, algoritmos ou até mesmo excluir contas sem aviso prévio.
- Dependência das regras de engajamento: o alcance orgânico (quantas pessoas veem as postagens) está diretamente ligado a algoritmos que as redes sociais controlam e ajustam constantemente. Mudanças repentinas neles podem diminuir drasticamente a visibilidade de um conteúdo — e, consequentemente, o engajamento.
- Riscos de desaparecimento: se a rede social tiver de encerrar suas operações ou remover o perfil de uma empresa, todo o trabalho e seguidores conquistados ao longo do tempo serão perdidos. Isso reforça o caráter temporário e incerto da mídia alugada.
- Limitações de monetização e alcance: muitos criadores de conteúdo enfrentam dificuldades para monetizar suas postagens ou alcançar um público maior, a menos que invistam em anúncios. O controle do fluxo de receita e das políticas de monetização é, mais uma vez, determinado pela plataforma.
Não pense que bloqueios e banimentos são questões apenas da Justiça brasileira. Aqui, mais uma vez, sem entrar nos méritos que levaram ao bloqueio do X.
O TikTok, por exemplo, que tem cerca de 140 milhões de usuários ativos nos Estados Unidos, corre o risco de ser expulso do país da América do Norte.
Uma lei, que foi aprovada no Senado americano, em abril, obriga a ByteDance, proprietária do TikTok, com sede na China, a vender o aplicativo para um comprador que não seja controlado por um adversário estrangeiro do país, como Rússia, China ou Irã, dentro de nove meses — ou seja, se não houver uma mudança nisso, em janeiro de 2025, essa rede social focada em vídeos curtos deverá sair do ar nos EUA.
Redes sociais mais usadas no mundo:
- Facebook: 3,07 bilhões de usuários ativos mensais.
- YouTube: 2,50 bilhões (com base no alcance potencial de publicidade).
- WhatsApp: Mais de 2 bilhões de usuários ativos.
- Instagram: 2 bilhões de usuários ativos mensais.
- TikTok: 1,60 bilhão (com base no alcance potencial de publicidade para maiores de 18 anos).
- WeChat: 1,36 bilhão de usuários ativos.
- Facebook Messenger: 977 milhões de usuários (com alcance potencial de publicidade).
- Telegram: 900 milhões de usuários ativos.
- Snapchat: 800 milhões de usuários ativos mensais.
- Douyin (versão chinesa do TikTok): 755 milhões de usuários.
- Kuaishou (Kwai): 697 milhões de usuários.
- Weibo: 588 milhões de usuários.
- X (anteriormente Twitter): 586 milhões (com base no alcance de publicidade).
- QQ: 553 milhões de usuários.
- Pinterest: 518 milhões de usuários mensais.
Fonte: Digital 2024 Global Overview Report
Como reduzir a dependência das mídias alugadas?
![redes sociais: fotocolagem traz mulher negra segurando laptopo e olhahando para a tela do aparelho. Ao fundo, ícones de postagem](https://blog.prosperidadeconteudos.com/hs-fs/hubfs/03-1.jpg?width=700&height=400&name=03-1.jpg)
Para não ficar dependente de mídias alugadas e mitigar os riscos associados, uma marca deve diversificar suas estratégias de marketing de conteúdo e construir uma presença sólida em canais nos quais tenha maior controle.
Isso inclui focar o desenvolvimento de mídias próprias, que são aquelas sobre as quais a empresa tem total domínio, como seu próprio site, blog e lista de e-mails. Veja mais detalhes, a seguir:
- Desenvolver um site otimizado e atualizado: um site é a base de qualquer estratégia de mídia própria. Ele deve ser otimizado para SEO, conter informações relevantes e ser atualizado regularmente. Isso permite atrair tráfego orgânico de buscas e consolidar a autoridade digital da marca.
- Criar e alimentar um blog corporativo: isso não apenas ajuda a fortalecer a presença orgânica no Google, mas também é um canal que você controla completamente. Ele possibilita a publicação de conteúdos que ressoem com o público-alvo, em busca de construir uma comunidade ao redor da marca e educar potenciais clientes.
- Investir em marketing de conteúdo de qualidade: focar a produção de conteúdos úteis e valiosos permite atrair e engajar o público de maneira consistente, independentemente das mudanças em algoritmos de redes sociais. Isso cria um ativo que atrai tráfego no longo prazo e fortalece a autoridade de marca.
- Construir uma lista de e-mails: o e-mail marketing é uma das formas mais eficazes de comunicação direta com o público. Ao captar e gerenciar uma lista de contatos qualificada, a marca ganha independência para entregar conteúdo, promoções e novidades.
- Estabelecer um funil de conteúdo multicanal: utilizar diferentes canais de forma integrada, como site, blog, e-mails e redes sociais, permite reduzir a dependência de uma única fonte de tráfego. Isso também aumenta o alcance e a probabilidade de conversão.
- Criar comunidades em plataformas próprias: se for viável, vale a pena investir em plataformas próprias, como fóruns de discussão e grupos no Slack ou Discord. Isso permite gerenciar melhor a interação com o público e reduzir o impacto de mudanças externas.
Como dito anteriormente, o enorme potencial de retorno das redes sociais não deve ser ignorado, deixado de lado. Porém, enxergue-as como pontos de apoio para amplificar o alcance dos conteúdos criados para os canais próprios da marca. Direcione os seguidores para o seu site, blog ou landing pages para captar leads e construir um ativo mais estável.
Como ter um hub próprio de conteúdo?
![redes sociais: fotomontagem de um laptop rodeado por ícones de texto, mensagem, vídeo e microfone](https://blog.prosperidadeconteudos.com/hs-fs/hubfs/04-1.jpg?width=700&height=400&name=04-1.jpg)
Nos últimos anos, grandes empresas globais decidiram adotar uma abordagem que vai além do marketing tradicional para se alinhar a um público cada vez mais seletivo. Elas passaram a atuar como criadoras de conteúdo, assumindo o papel de brand publishers — ou seja, posicionando-se como verdadeiros veículos de mídia em seus nichos de atuação.
Essa tendência está em expansão devido à necessidade de construir conexões autênticas e de criar um relacionamento de confiança com os consumidores antes de qualquer decisão de compra. O público atual quer mais do que apenas receber mensagens: ele quer interagir, se engajar e ter influência sobre as marcas.
Hoje, o consumidor deixou de ser um receptor passivo e passou a participar ativamente na comunicação. Ele compartilha experiências, recomenda produtos e define novos padrões de relacionamento, influenciando diretamente as escolhas de outros compradores.
O objetivo final de uma brand publisher pode ser gerar vendas, mas há um longo caminho a ser percorrido antes de fechar um negócio: a jornada do cliente.
A Prosperidade Conteúdos tem toda a expertise para ajudar sua marca a construir um hub de conteúdo do zero ou para corrigir falhas e otimizar seu site e blog já existentes Além disso, somos criadores de conteúdos que vão proporcionar relacionamentos com seus clientes e potencial público-alvo.Isso gera não apenas uma melhor reputação, como também é um item fundamental para a aquisição e fidelização.
Temos parcerias com grandes marcas, que nos renderam cases especiais, e seguimos trabalhando para cada vez mais potencializar as estratégias digitais delas.
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